São Paulo, domingo, 22 de fevereiro de 2009

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CIVIC CAPTIVA

Mudança de hábito

Honda Civic e Chevrolet Captiva acirram tendência do consumidor de trocar sedã por "crossover"

Fotos Eduardo Anzielli/ Folha Imagem
O Civic 2009 ganhou entradas de ar e grades maiores

FELIPE NÓBREGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Há cerca de um ano, o coordenador educacional Reinaldo Simões, 46, foi a uma concessionária Honda disposto a comprar o sedã Civic. Acabou saindo com o jipe CR-V.
Simões faz parte de um universo crescente de consumidores que aproveitam a maior oferta de produtos para migrar de um segmento para o outro, gastando quase o mesmo valor.
A diferença entre esses carros, no entanto, vai além do visual. Avançam para aspectos como custo de manutenção e dirigibilidade. Por isso, para não se arrepender, é preciso, primeiro, analisar quais são as suas reais necessidades e qual tipo de carro se encaixa nelas.
Como a troca de um sedã por um "crossover" está cada vez mais comum no mercado, o teste Folha-Mauá colocou o Honda Civic e o Chevrolet Captiva, lado a lado, num duelo que começa na tabela de preço -ambos têm versões em torno de R$ 85 mil.
Na foto acima, aparece a versão LXS (R$ 70.955), mas alguns equipamentos, como o VSA (controle de estabilidade), podem levar o sedã a R$ 83.810 (EXS). As duas versões, porém, trazem o mesmo motor 1.8 16V flexível de 140 cv (cavalos).
O Civic, abastecido com álcool, deixa o Captiva 2.4 (R$ 86.990) de 171 cv para trás. E o Chevrolet só sai do retrovisor do Honda quando precisa parar num posto -percorre 2,2 quilômetros a menos com o mesmo litro de gasolina.
Além disso, o câmbio automático sequencial do Captiva se atrapalha nas trocas. Já os freios ABS (antitravamento) são eficientes. Para imobilizar o "crossover" vindo a 80 km/h, são necessários 37,5 m, a mesma distância de frenagem do sedã, 411 kg mais leve.
E, mesmo que a Captiva traga controle eletrônico de estabilidade, é o Civic quem passa maior sensação de segurança, com uma direção precisa.

Plebiscito
Caso a decisão de compra se estenda a um plebiscito familiar, o "crossover" vencerá por oferecer mais espaço e conforto aos cinco ocupantes.
A criançada perceberá que o banco traseiro fica em posição mais elevada e proporciona boa visibilidade. Vai notar também que, no bagageiro, cabe o dobro da quantidade de brinquedos que no do Civic (340 litros).
Mas, se a calculadora tiver poder de voto majoritário, é o sedã quem leva a melhor na relação custo/benefício. Um jogo de pneus do Civic, por exemplo, custa a metade, e a seguradora Porto Seguro cobra 20% a menos para proteger o sedã.
Lembra do Simões, aquele do CR-V? Ele acabou de trocar a valentia do jipe pela economia do sedã Toyota Corolla. "Ele é melhor para a cidade", justifica.


As montadoras cederam os carros para teste



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