Sedã da Chevrolet ganhou 12 cv e preço menor para segurar vendas em queda

DO ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

Na apresentação do Vectra com "cara" europeia e motor 12 cv (cavalos) mais potente, na terça-feira, chamou a atenção dos jornalistas a profusão de expressões enigmáticas atribuídas ao sedã da Chevrolet.
Primeiro foi a inclusão do sobrenome "Next Edition" (próxima edição, em inglês), que servirá para diferenciá-lo do atual Vectra, que era produzido desde outubro de 2005.
Para explicar as inovações estéticas, o chefe de design da marca, o mexicano Carlos Barba, faz uso do portunhol.
"O modelo foi "refrescado". O capô, a grade e o para-choque dianteiros estão mais afilados, enquanto as rodas de 17" ganharam superfícies ampliadas para parecerem maiores."

Sem ABS
No painel, uma luz informa quando o motor passa do limite de emissões. Afinal, o 2.0 -7% mais econômico, segundo a GM- mudou para se adequar às normas do Proconve (programa de controle da poluição).
"Não é uma autoinspeção veicular", comenta o gerente de engenharia Gregório Del Rio.
E o porta-malas "pantográfico"? O nome esdrúxulo, na verdade, vem das alças da tampa, que não amassam a bagagem.
A versão intermediária do Vectra agora custa R$ 150 a menos e parte de R$ 60.718. Ignora, porém, os freios ABS (antitravamento), presentes no Toyota Corolla XEi (R$ 64.745).
O GM copia a potência do Honda Civic (140 cv com álcool). Aliás, nas vendas, o Vectra só aceita seguir atrás dos dois sedãs "japoneses" -este ano, está em quarto, perdendo até para o VW Bora (1.986 unidades ante 1.942 Vectra). Em 2008, foram emplacados 26.619 Vectra, 45.640 Corolla e 67.703 Civic. (FELIPE NÓBREGA)