São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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FORÇA ASIÁTICA

Tailândia ultrapassa até os EUA na produção de picapes

DA REUTERS

Ao inaugurar uma fábrica no subúrbio de Bancoc, os executivos da Toyota celebravam a abertura da primeira planta da Tailândia abastecida com gás natural. Ela, na verdade, mostra que a baderna política não atrapalhou a visão positiva que as montadoras têm do país.
A Tailândia é o maior produtor mundial de picapes com capacidade para até uma tonelada. A produção projetada é de 853 mil unidades, 588 mil a mais que os Estados Unidos, de acordo com a consultoria J.D. Power.
É também o segundo maior mercado para picapes. As vendas domésticas, neste ano, devem chegar a 510 mil unidades -nos EUA, a previsão é de 651 mil.
"A força da nossa indústria de picapes vem do tamanho do nosso mercado, que faz os custos de produção competitivos", analisa Vallop Tiasiri, diretor do Instituto Automotivo da Tailândia.
"Por mês, exportamos 4.000 Hilux com direção do lado direito para a Austrália e 2.000 com direção do lado esquerdo para a Arábia Saudita", conta Charnchai Suppayakorn, gerente da fábrica da Toyota. A capacidade anual de 100 mil unidades pode ser quadruplicada, dependendo da exportação.
Uma estrutura de impostos que favorece as picapes, e não os carros de passeio, faz delas as campeãs da indústria tailandesa. O diesel barato também ajuda.
"Os preços básicos das picapes e dos carros são os mesmos, por volta de 500 mil bahts [R$ 30 mil]. Mas uma picape vem com motor 2.5, muito maior que o 1.5 dos sedãs", diz o colunista de veículos Suphat Tisapong.
Além da Toyota, a General Motors, a Ford, a Nissan, a Mitsubishi, a Isuzu e a Mazda abriram fábricas na Tailândia voltadas à exportação.
Apesar disso tudo, o governo tem dado incentivos às montadoras que abrirem fábricas na Tailândia para exportar sedãs pequenos.


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