São Paulo, domingo, 22 de junho de 2008

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MANUTENÇÃO ECONÔMICA

Brasil desperta para certificação de oficinas mecânicas

Só 1,5% dos estabelecimentos em SP têm certificação; projeto de lei prevê regras da ABNT para próximo ano

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem trabalha com manutenção aponta logo que o brasileiro não tem o hábito de levar o carro para revisões na concessionária após o fim da garantia.
É muita gente: segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), há 30.364.216 automóveis no Brasil com idade média de nove anos.
Surge então a grande dúvida: onde levar o veículo quando ele apresenta um problema? Escolher uma oficina especializada ainda é uma tarefa difícil, reconhece Alexandre Bastos, gerente do IQA (Instituto de Qualidade Automotiva).
Bastos dá algumas dicas. A oficina deve ter um ambiente limpo e organizado, com certificados de qualificação profissional fixados na parede.
Deve ter profissional gabaritado para informar o cliente sobre o problema e passar o orçamento. "A relação deve ser transparente e tranqüila para o consumidor se sentir seguro."
O instituto, em parceria com o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), certifica oficinas que atendam a critérios como formação de profissionais, equipamentos adequados, garantia do serviço e atualização tecnológica.
"Uma auditoria é feita a cada seis meses para revalidar o certificado, que vence a cada dois anos e só é renovado com crescentes atualizações tecnológicas", comenta Bastos. No Estado de São Paulo, há 14.168 empresas de reparação, mas apenas 210 são certificadas.
Um projeto de lei apresentado na Assembléia Legislativa no começo de junho cria padrões para a abertura e o funcionamento de oficinas, baseados em normas criadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O fim da tramitação está previsto para o fim do ano, e as oficinas terão um ano a partir da entrada da lei em vigor para se enquadrarem nas exigências.

Preços
Outra dúvida constante é em relação ao preço cobrado. Uma pesquisa feita pelo Sindirepa-SP (sindicato de reparadores de veículos) resultou em uma tabela de tempo de serviços, com média do preço da mão-de-obra na capital e no interior do Estado de São Paulo, para modelos das marcas Chevrolet, Fiat, Ford, e Volkswagen.
"O cálculo é feito por hora centesimal, que significa a divisão em cem partes iguais. Assim o reparador soma todos os tempos e multiplica pelo valor da mão-de-obra para chegar ao preço final", explica Antônio Fiola, presidente do sindicato. A revisão de um cabeçote, por exemplo, consome tempo de 6,2 (ou seis horas e 20 minutos). (ROSANGELA DE MOURA)


SINDIREPA-SP www.sindirepa-sp.org.br



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