São Paulo, domingo, 22 de junho de 2008

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MANUTENÇÃO ECONÔMICA

Encerar e polir mantêm brilho da lataria

Veículo não deve ser submetido a limpeza que o lixe; martelinho de ouro arruma pequenos amassados

BRUNA PELLEGRINI
EDUARDO TARDIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Não saia de casa sem filtro solar." O conselho para proteger a pele dos efeitos nocivos do sol também vale para a proteção da pintura do carro. Só que, em vez de loções, entram em cena ceras e polimentos.
O verniz, aplicado na última camada da tinta, cuida especialmente de carros com pintura metálica ou perolizada. "A cera e os produtos de cristalização protegem de agentes físicos [como poeira] e químicos [como chuva ácida] e aumentam a vida útil da tinta", explica Jorge Arruda, consultor da associação de fabricantes de tinta.
Por ter componentes abrasivos em sua fórmula, a cera promove o nivelamento da cobertura de verniz que já está com microranhuras, preenche fisicamente as tais "rugas" e hidrata a tinta, evitando que fique com aspecto quebradiço.
Já as ceras cristalizadoras impermeabilizam a tinta, aumentando a durabilidade do próprio polimento, que deve ser feito posteriormente. "A cristalização pode durar um ano e meio, enquanto o polimento simples deve ser refeito depois de oito meses", compara o dono de oficina de funilaria e pintura Carlos Mathias.
Para verificar se o polimento ainda funciona, passe a mão na lataria: se a sensação for áspera, há sujeira impregnada na tinta. Pode ser imperceptível a olho nu, mas pede uma limpeza mais profunda -outro polimento.
Mas um dos erros mais graves é submeter o carro a limpezas que o lixam, alerta Arruda. "Usar lixa fina numa imperfeição profunda pode ser válido, mas, se o carro todo é lixado, a película de proteção é desgastada, e a pintura fica fosca."
O publicitário Franklin Nolla, 57, viu riscos em sua Volkswagen SpaceFox recém-saída da concessionária. "Fiz um polimento para removê-los e depois uma cristalização. Agora, sempre limpo a seco." Para Nolla, vale a pena pagar um pouco mais por ela, que costuma durar mais que a tradicional.

Martelinho
Se o problema não é de riscos, mas de amassados do tamanho de um punho cerrado, a saída pode ser uma técnica artesanal: o martelinho de ouro.
"A pintura do carro deve estar intacta, e a técnica não é recomendada em áreas com dobras, cantos vivos ou chapas sobrepostas", explica o instrutor de funilaria Marcos Cazassa.
O serviço é mais barato que o conserto tradicional. Para arrumar uma porta, por exemplo, os valores são R$ 300 ante R$ 80.


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