São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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Como os motoristas excessivamente altos, baixos ou gordos conseguem se adaptar aos seus automóveis

LARA SCHULZE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Para consumidores bem mais altos, baixos ou obesos que a média, a compra de um carro traz à mente questões normalmente ouvidas em lojas de roupas. E, como ainda não inventaram um modelo em tamanhos "P", "M" e "G", o jeito é se adaptar ao veículo.
Entre os que mais sofrem para conseguir agregar o adjetivo "confortável" ao substantivo "interior", estão os que vêem o ponteiro da balança subir mais rápido que o do velocímetro.
O Rei Momo do Carnaval paulistano deste ano, Marco Antônio Rodrigues de Salles, que o diga. Pesando 150 kg e com 1,91 m de altura, ele conta que a escolha de um Volkswagen Gol 1.6 foi demorada. "Ele tem um bom espaço na frente. Tive de testar vários carros até achar um confortável."
Uma das dificuldades de adaptação dos obesos é a pouca distância entre o corpo e a direção. "A minha barriga fica muito próxima do volante. Chega a ficar apertado", afirma o lutador de sumô Cristiano Luiz de Souza, que pesa 145 kg e dirige um Fiat Mille.
Situação semelhante acontece com o comprador Roberto Rodrigues Trinta, de 170 kg e que há um mês comprou um Peugeot 206.
Ele relata que, apesar de o carro ser pequeno, tem volante com regulagem. "Já tive automóveis maiores, como o Vectra, mas, pelo fato de a direção do 206 ser ajustável na altura da barriga, sinto-me melhor." Trinta, que também testou outros carros, descarta a linha Corsa, pois, segundo ele, o volante é grande demais.


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