São Paulo, domingo, 22 de outubro de 2006

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Fábricas definem chamarizes com um ano de antecedência

Transporte marítimo pode levar 35 dias; atrações não-automobilísticas exigem planejamento maior ao Anhembi; operação inversa será feita a partir do dia 29

Roberto Assunção/Folha Imagem
O TT no estande da Audi; cupê pode ter motor 2.0 Turbo ou 3.2 V6 e começa a ser vendido a partir de março


DA REDAÇÃO

Quem entra no Anhembi não imagina o trabalho que as montadoras têm para trazer tantas atrações. A Honda decidiu um ano atrás que o robô Asimo entreteria os visitantes. Os lançamentos da Audi, como o TT e a RS4 Avant, passaram 20 dias num navio entre a Alemanha e o Brasil -e embarcam em Santos assim que o salão acabar.
"O planejamento é fundamental", resume Neide Navickis, gerente de importação da Audi. "Acabei de brincar com meus colegas: qual será a atração do próximo salão?", diz Alberto Pescumo Filho, gerente-geral comercial da Honda. "Pode ser o [avião] HondaJet."
De acordo com ele, é mais fácil planejar a vinda de um automóvel. O novo CR-V, recém-lançado no Salão de Paris, levou 35 dias do Japão até o Brasil. "Ele começa a ser vendido em janeiro, então resolvemos mostrá-lo agora. Já está pronto, com as adaptações para o mercado local", conta o gerente.
Outras atrações vindas diretamente de Paris são o 325 Ci e o X3, ambos da BMW -mas a fábrica, em janeiro, já havia decidido que eles estariam também em São Paulo. "Os modelos básicos são iguais, porém a definição de acessórios, revestimentos, acabamentos internos e cores podem variar seguindo as necessidades de cada país", explica Richard Dubini, gerente de marketing e vendas da filial brasileira.

Despedida
O CR-V ficará no Brasil após o término do Salão de São Paulo, assim como o Audi S8. "[Os carros da BMW] são destinados para ações de marketing ou, ocasionalmente, podem ser vendidos", completa Dubini.
Mas, até para facilitar o desembaraço oficial, alguns carros chegam exclusivamente para a mostra. Nesse caso, nem é preciso pagar o Imposto de Importação, e eles são obrigados a sair do país assim que ela acaba.
Navickis relata que são necessários três ou quatro dias para a liberação na alfândega. Depois disso, o carro precisa de outro dia para ficar pronto para a exposição: ele vem coberto com uma cera para que a maresia não estrague a carroceria. É preciso limpá-lo e poli-lo.
Alguns veículos também passam por uma espécie de preparação pré-salão. Para não sumirem acendedores de cigarro e frentes de rádio, há montadoras que até colam as peças.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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