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Fábricas definem chamarizes com um ano de antecedência
Transporte marítimo pode levar 35 dias; atrações não-automobilísticas exigem planejamento maior ao Anhembi; operação inversa será feita a partir do dia 29
Roberto Assunção/Folha Imagem
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O TT no estande da Audi; cupê pode ter motor 2.0 Turbo ou 3.2 V6 e começa a ser vendido a partir de março |
DA REDAÇÃO
Quem entra no Anhembi não
imagina o trabalho que as montadoras têm para trazer tantas
atrações. A Honda decidiu um
ano atrás que o robô Asimo entreteria os visitantes. Os lançamentos da Audi, como o TT e a
RS4 Avant, passaram 20 dias
num navio entre a Alemanha e
o Brasil -e embarcam em Santos assim que o salão acabar.
"O planejamento é fundamental", resume Neide Navickis, gerente de importação da
Audi. "Acabei de brincar com
meus colegas: qual será a atração do próximo salão?", diz
Alberto Pescumo Filho, gerente-geral comercial da Honda.
"Pode ser o [avião] HondaJet."
De acordo com ele, é mais fácil planejar a vinda de um automóvel. O novo CR-V, recém-lançado no Salão de Paris, levou
35 dias do Japão até o Brasil.
"Ele começa a ser vendido em
janeiro, então resolvemos mostrá-lo agora. Já está pronto,
com as adaptações para o mercado local", conta o gerente.
Outras atrações vindas diretamente de Paris são o 325 Ci e
o X3, ambos da BMW -mas a
fábrica, em janeiro, já havia decidido que eles estariam também em São Paulo. "Os modelos básicos são iguais, porém a
definição de acessórios, revestimentos, acabamentos internos e cores podem variar seguindo as necessidades de cada
país", explica Richard Dubini,
gerente de marketing e vendas
da filial brasileira.
Despedida
O CR-V ficará no Brasil após
o término do Salão de São Paulo, assim como o Audi S8. "[Os
carros da BMW] são destinados
para ações de marketing ou,
ocasionalmente, podem ser
vendidos", completa Dubini.
Mas, até para facilitar o desembaraço oficial, alguns carros chegam exclusivamente para a mostra. Nesse caso, nem é
preciso pagar o Imposto de Importação, e eles são obrigados a
sair do país assim que ela acaba.
Navickis relata que são necessários três ou quatro dias
para a liberação na alfândega.
Depois disso, o carro precisa de
outro dia para ficar pronto para
a exposição: ele vem coberto
com uma cera para que a maresia não estrague a carroceria.
É preciso limpá-lo e poli-lo.
Alguns veículos também passam por uma espécie de preparação pré-salão. Para não sumirem acendedores de cigarro e
frentes de rádio, há montadoras que até colam as peças.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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