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peças & acessórios
Nem sempre o motorista sabe qual é a função do sistema de segurança; rastreador é o mais eficiente e caro
Bloqueador e rastreador são diferentes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pode até surpreender, mas o
crescimento da venda de veículos zero-quilômetro não tem sido acompanhado pelo número
de roubos e furtos. Segundo a
Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, no terceiro trimestre deste ano, foram 40.962
casos de furto e roubo de veículos contra 54.407 crimes no
mesmo período de 2006.
A vida do motorista, porém,
ainda não é tranqüila. E, para
prevenção, as travas mecânicas
não são mais suficientes. Hoje,
além de inibir a ação dos assaltantes, os dispositivos antifurto
facilitam o trabalho da polícia e
podem diminuir o preço do seguro em até 30%.
"O consumidor precisa conhecer o produto que adquire",
aconselha Paulo Barrachina,
coordenador do Cesvi (Centro
de Experimentação e Segurança Viária). "Muitas vezes, o
cliente compra um aparelho
sem saber para que serve e fica
na mão na hora do aperto."
Segundo Barrachina, cada
equipamento diminui a ação
dos bandidos de um modo.
Desenvolvidos para o transporte de cargas, os rastreadores
estão cada vez mais presentes
em veículos de passeio, a ponto
de serem uma exigência a partir de 2009. Monitoram por satélite cada movimento do automóvel, e as informações podem
ser acessadas pela internet.
Em caso de roubo ou furto, a
polícia é avisada, via central, do
paradeiro do carro e do do proprietário, o que reduz o risco de
seqüestros relâmpagos. É a opção mais cara e a mais eficiente.
"Levamos em média 30 minutos para descobrir e dizer
onde está o veículo", diz Pedro
Coli, gerente de marketing da
Ituran, empresa que monitora
165 mil automóveis. "O índice
de recuperação do Golf, por
exemplo, um dos mais visados
pelos bandidos, é de 98%."
Já os bloqueadores são capazes de parar o carro a distância,
algo que os rastreadores não fazem. Assim que o cliente avisar
a central, ela emitirá um comando para bloquear a distribuição de combustível e acionará uma sirene para chamar a atenção da polícia.
Mais baratos, os alarmes disparam quando o automóvel é
invadido -o que afugenta os
assaltantes. Mas a eficiência
contra o furto é questionada.
"Com tempo e perspicácia, os
bandidos desmontam qualquer
mecanismo de segurança",
alerta o coordenador do Cesvi.
"Equipamentos antifurto devem ser instalados em oficinas
confiáveis, para que não sejam
facilmente descobertos."
Patrimônio perdido
Quando comprou seu Audi
S3, o advogado paranaense
Eliúd Borges instalou um rastreador por recomendação da
seguradora. "Achava que o aparelho servia apenas para espantar os ladrões em caso de furto."
No mês passado, vítima de
um seqüestro relâmpago, Borges foi levado até um caixa eletrônico. Mas uma testemunha
acompanhou e avisou a polícia.
Assustados, os bandidos libertaram o advogado e fugiram
com o carro. A experiência
ruim tinha um outro porém:
Borges não pagava mais o seguro. Resignado com o prejuízo,
decidiu descobrir como funcionava o rastreador. "Localizaram meu carro intacto em poucas horas."
(DANIEL SALLES)
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