São Paulo, domingo, 24 de maio de 2009

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Teste Folha-Mauá

Esguia, Livina tem custo-benefício para incomodar Fit

Com maior espaço interno e motor mais potente, minivan da Nissan escorrega apenas no consumo

FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL

O departamento de design da Nissan deve ser dividido em dois grupos. Um é de designers que projetam o bom interior dos carros. O outro cuida do visual externo, e só leva régua e lápis para o trabalho.
O único de lá que usava o compasso foi demitido depois de desenhar o Murano e o 350Z. No lugar, parecem ter contratado o designer do Honda Fit anterior para projetar a minivan compacta Livina.
Parecer com o antigo Honda já é uma grande coisa. No entanto, no conjunto da obra, a Livina agrada mais até que a nova geração do Fit.
Sem poder cobrar o preço da fama de bom moço do rival "japonês", que exagerou na dose de autoestima depois da reestilização, em 2008, e está mais caro que deve (R$ 62.065).
Com maior espaço interno e motor (flexível) mais potente, o primeiro carro nissei do grupo Nissan escorregou apenas na hora da saideira. No teste de consumo Folha-Mauá, a versão SL 1.8 (até 126 cv) bebe mais que o VW Polo GT 2.0 (120 cv), por exemplo.
Isso reforça a tese de que, nos carros japoneses flexíveis, é preciso melhorar a calibração para usar o álcool. Só com gasolina no tanque, eles costumam ser referência em economia.

"Salsichinha"
Esguia, a Livina por fora lembra até um cachorro bassê, aquele "salsichinha" do antigo comercial da Cofap.
Na época, o "protagonista" com amortecedores em dia contornava curvas com facilidade, assim como a Livina.
Mesmo com 1,57 m de altura, a suspensão cobra essa dose extra de firmeza, que poderia ser compensada por bancos mais confortáveis. A direção com assistência elétrica facilita as manobras em baixas velocidades.
Rodas de alumínio de aro 15, faróis auxiliares e grade frontal cromada são exclusividade da versão topo de linha, que custa R$ 56.690 e vem com câmbio automático de quatro marchas -no Fit 1.5, são cinco.
A maior curiosidade, entretanto, é saber se todos os designers de interiores do Livina eram exatamente do mesmo tamanho. Na minivan, não há regulagem de altura dos bancos nem dos cintos de segurança.
Segundo Mario Furtado, gerente de marketing da Nissan, caso o consumidor exija, farão as devidas melhorias no carro.
Com a missão de ser o produto mais comercializado da empresa no Brasil (800 unidades por mês), a Livina para cinco passageiros é o primeiro passo dessa longa jornada.
O segundo é a versão estendida em 24 cm, chamada de Grand Livina, que leva até sete pessoas. Ela chega no segundo semestre, afirma a Nissan.
O duro é ouvir, no Salão de São Paulo do ano passado, que ela também parecia um bassê, mas com duas costelas a mais.

A Nissan cedeu o carro para teste


INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092



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