|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Teste Folha-Mauá
Esguia, Livina tem custo-benefício para incomodar Fit
Com maior espaço interno e motor mais potente, minivan da Nissan escorrega apenas no consumo
FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O departamento de design da
Nissan deve ser dividido em
dois grupos. Um é de designers
que projetam o bom interior
dos carros. O outro cuida do
visual externo, e só leva régua
e lápis para o trabalho.
O único de lá que usava o
compasso foi demitido depois
de desenhar o Murano e o
350Z. No lugar, parecem ter
contratado o designer do Honda Fit anterior para projetar a
minivan compacta Livina.
Parecer com o antigo Honda
já é uma grande coisa. No
entanto, no conjunto da obra,
a Livina agrada mais até que a
nova geração do Fit.
Sem poder cobrar o preço da
fama de bom moço do rival "japonês", que exagerou na dose
de autoestima depois da reestilização, em 2008, e está mais
caro que deve (R$ 62.065).
Com maior espaço interno e
motor (flexível) mais potente, o
primeiro carro nissei do grupo
Nissan escorregou apenas na
hora da saideira. No teste de
consumo Folha-Mauá, a versão SL 1.8 (até 126 cv) bebe
mais que o VW Polo GT 2.0
(120 cv), por exemplo.
Isso reforça a tese de que,
nos carros japoneses flexíveis,
é preciso melhorar a calibração
para usar o álcool. Só com gasolina no tanque, eles costumam
ser referência em economia.
"Salsichinha"
Esguia, a Livina por fora lembra até um cachorro bassê,
aquele "salsichinha" do antigo
comercial da Cofap.
Na época, o "protagonista"
com amortecedores em dia
contornava curvas com facilidade, assim como a Livina.
Mesmo com 1,57 m de altura,
a suspensão cobra essa dose extra de firmeza, que poderia ser
compensada por bancos mais
confortáveis. A direção com assistência elétrica facilita as manobras em baixas velocidades.
Rodas de alumínio de aro 15,
faróis auxiliares e grade frontal
cromada são exclusividade da
versão topo de linha, que custa
R$ 56.690 e vem com câmbio
automático de quatro marchas
-no Fit 1.5, são cinco.
A maior curiosidade, entretanto, é saber se todos os designers de interiores do Livina
eram exatamente do mesmo
tamanho. Na minivan, não há
regulagem de altura dos bancos
nem dos cintos de segurança.
Segundo Mario Furtado, gerente de marketing da Nissan,
caso o consumidor exija, farão
as devidas melhorias no carro.
Com a missão de ser o produto mais comercializado da empresa no Brasil (800 unidades
por mês), a Livina para cinco
passageiros é o primeiro passo
dessa longa jornada.
O segundo é a versão estendida em 24 cm, chamada de
Grand Livina, que leva até sete
pessoas. Ela chega no segundo
semestre, afirma a Nissan.
O duro é ouvir, no Salão de
São Paulo do ano passado, que
ela também parecia um bassê,
mas com duas costelas a mais.
A Nissan cedeu o carro para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
Texto Anterior: Autoescola não ajuda o medroso Próximo Texto: Strada Adventure cabine dupla chega no mês que vem Índice
|