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Shows de artistas preenchem estandes
Edição 2010 do Salão do Automóvel mescla carros-conceitos e apresentações da banda Ultraje a Rigor e da Pitty
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As 200 mil pessoas que
compareceram ao 1º Salão do
Automóvel, entre os dias 26
de novembro e 11 de dezembro de 1960, no Pavilhão de
Exposições do Ibirapuera,
em São Paulo, assistiram a
shows de artistas de televisão, rádio e cinema. Nesta
26ª edição, o formato, com
entretenimento, se repete.
Na Volks, bailarinos e músicos farão performances utilizando uma SpaceFox, com
direito a percussão sobre o
capô, guitarras e teclados. Ao
som de Ultraje a Rigor, Pitty e
Marcelo D2, os artistas contarão com a coreografia dos
universitários que irão recepcionar os visitantes. A VW
também vai oferecer shows
de comédia em pé, e a Chevrolet terá atores para apresentar destaques como os novos Omega e Camaro SS.
Os artistas de teatro estavam no estande da Ford, em
1960, travestidos de cangaceiros, ao lado do (já antigo)
Ford "bigode", dos anos 30.
Como nas primeiras mostras, haverá neste ano também sorteios de carros. Em
1961, a Renault sorteou 14
Gordini, que estavam "pendurados" na entrada do pavilhão. Agora, é a Nissan quem
vai dar um carro de presente.
Levará, em 2011, o March
quem for sorteado ao responder: "Qual a montadora vai
lançar o primeiro japonês popular no Brasil?". Por si só, a
produção do compacto no
Paraná é um sinal de que o
país está na rota global.
A Romi-Isetta e o DKW, os
primeiros carros feitos no
Brasil, nos anos 50, eram os
poucos destaques da primeira feira. Havia só 23 veículos,
de 12 marcas. Hoje são mais
de 450 carros de 42 marcas.
A ideia sempre foi manter
o visitante cada vez mais
tempo no estande da montadora. Para isso, há novos recursos tecnológicos, como simuladores de corrida de carro e computadores com sites
de relacionamento.
Aliás, algo que ninguém
pensava em criar em 1970,
quando a sétima edição do
salão deixou o Ibirapuera para invadir o Anhembi. Nessa
edição, apresentou-se o Icovel, o primeiro carro elétrico
brasileiro. Em 2010, são mais
de 20 carros com propulsão
elétrica, o que pode ser o futuro do automóvel.
Em 1976, porém, só o álcool combustível, um fenômeno brasileiro, pairava como solução ecologicamente
correta. A ponto de, em 1983,
criarem o 1º Salão do Automóvel a Álcool. Após a crise
do petróleo e, em seguida, a
do Pró-Álcool, a tecnologia
deu vida ao carro "flex". Hoje
87% dos automóveis novos
são bicombustíveis e grande
parte usa apenas álcool.
Há 50 anos, também não
havia videogame. Pois agora,
no estande da Citroën, um
carro-conceito saiu do mundo virtual para o real. Um simulador do GTbyCitroën, do
jogo Gran Turismo, de Playstation 3, fará a festa dos visitantes. No espaço Scénes, cada participante receberá um
celular emprestado para
criar vídeos de um minuto.
Na Ford, binóculos 3D estarão à disposição para quem
quiser fazer um passeio virtual pelo "crossover" Edge
ou mesmo um test-drive virtual com o Focus, enquanto
uma oficina de brinquedos
entretém as crianças. Em
pensar que, há 50 anos, a
única coisa que distraía as
crianças eram, às vezes, sorteios de carrinhos de ferro.
SALÃO DE SÃO PAULO
Pavilhão do Anhembi; av. Olavo
Fontoura, 1.209, Santana (zona
norte); de 27 de outubro a 7 de
novembro, das 14h às 22h; entrada R$ 34 (adulto) e R$ 22,50
(criança); estacionamento R$ 25;
www.salaodoautomovel.com.br
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