São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Shows de artistas preenchem estandes

Edição 2010 do Salão do Automóvel mescla carros-conceitos e apresentações da banda Ultraje a Rigor e da Pitty

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As 200 mil pessoas que compareceram ao 1º Salão do Automóvel, entre os dias 26 de novembro e 11 de dezembro de 1960, no Pavilhão de Exposições do Ibirapuera, em São Paulo, assistiram a shows de artistas de televisão, rádio e cinema. Nesta 26ª edição, o formato, com entretenimento, se repete.
Na Volks, bailarinos e músicos farão performances utilizando uma SpaceFox, com direito a percussão sobre o capô, guitarras e teclados. Ao som de Ultraje a Rigor, Pitty e Marcelo D2, os artistas contarão com a coreografia dos universitários que irão recepcionar os visitantes. A VW também vai oferecer shows de comédia em pé, e a Chevrolet terá atores para apresentar destaques como os novos Omega e Camaro SS.
Os artistas de teatro estavam no estande da Ford, em 1960, travestidos de cangaceiros, ao lado do (já antigo) Ford "bigode", dos anos 30.
Como nas primeiras mostras, haverá neste ano também sorteios de carros. Em 1961, a Renault sorteou 14 Gordini, que estavam "pendurados" na entrada do pavilhão. Agora, é a Nissan quem vai dar um carro de presente. Levará, em 2011, o March quem for sorteado ao responder: "Qual a montadora vai lançar o primeiro japonês popular no Brasil?". Por si só, a produção do compacto no Paraná é um sinal de que o país está na rota global.
A Romi-Isetta e o DKW, os primeiros carros feitos no Brasil, nos anos 50, eram os poucos destaques da primeira feira. Havia só 23 veículos, de 12 marcas. Hoje são mais de 450 carros de 42 marcas.
A ideia sempre foi manter o visitante cada vez mais tempo no estande da montadora. Para isso, há novos recursos tecnológicos, como simuladores de corrida de carro e computadores com sites de relacionamento.
Aliás, algo que ninguém pensava em criar em 1970, quando a sétima edição do salão deixou o Ibirapuera para invadir o Anhembi. Nessa edição, apresentou-se o Icovel, o primeiro carro elétrico brasileiro. Em 2010, são mais de 20 carros com propulsão elétrica, o que pode ser o futuro do automóvel.
Em 1976, porém, só o álcool combustível, um fenômeno brasileiro, pairava como solução ecologicamente correta. A ponto de, em 1983, criarem o 1º Salão do Automóvel a Álcool. Após a crise do petróleo e, em seguida, a do Pró-Álcool, a tecnologia deu vida ao carro "flex". Hoje 87% dos automóveis novos são bicombustíveis e grande parte usa apenas álcool.
Há 50 anos, também não havia videogame. Pois agora, no estande da Citroën, um carro-conceito saiu do mundo virtual para o real. Um simulador do GTbyCitroën, do jogo Gran Turismo, de Playstation 3, fará a festa dos visitantes. No espaço Scénes, cada participante receberá um celular emprestado para criar vídeos de um minuto.
Na Ford, binóculos 3D estarão à disposição para quem quiser fazer um passeio virtual pelo "crossover" Edge ou mesmo um test-drive virtual com o Focus, enquanto uma oficina de brinquedos entretém as crianças. Em pensar que, há 50 anos, a única coisa que distraía as crianças eram, às vezes, sorteios de carrinhos de ferro.

SALÃO DE SÃO PAULO
Pavilhão do Anhembi; av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana (zona norte); de 27 de outubro a 7 de novembro, das 14h às 22h; entrada R$ 34 (adulto) e R$ 22,50 (criança); estacionamento R$ 25;
www.salaodoautomovel.com.br




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