Motor de 453 cv leva sedã aos 100 km/h em 5,9s; BMW espera vender 1 Rolls-Royce de R$ 1,8 milhão por ano

Roberto Assunção/Folha Imagem

Criado em 1911, o símbolo chamado de "Espírito de Extasê' pode ser embutido na grade

Existem carros que parecem carros e outros que cismam em ser aviões. O Rolls-Royce Phantom é um desses que andam sobre quatro rodas só por estilo.
Seu preço -R$ 1,8 milhão, o equivalente a 82 Fiat Mille zero-quilômetro- não soa tão absurdo se considerada a quantidade de ricos no Brasil.
De acordo com Axel Pannes, gerente de desenvolvimento de negócios da Rolls-Royce, uma pesquisa da marca constatou que existem, no Brasil, pelo menos 2 milhões de pessoas com R$ 63 milhões no banco. Otimista ou não, a pesquisa dá esperança à marca, que é da BMW, de vender um por ano.
O primeiro foi em 2005. "O cliente pediu para gravar na soleira da porta a inscrição "Primeiro Phantom de Goodwood [cidade inglesa onde é produzido] feito para o Brasil"."
Depois do preço, o que mais impressiona são os detalhes: guarda-chuva com secador embutido na porta; três telas de cristal líquido e portas que se fecham por botões (se ela não bater, um mecanismo de sucção vai "puxá-la"), entre outros.
Andando, o silêncio é tão absoluto que o motorista fica entediado. A impressão é que o único barulho perceptível é o da respiração dos passageiros.
De acordo com a Rolls- Royce, o motor 6.7 V12 (12 cilindros em "V") de 453 cavalos leva o sedã aos 100 km/h em apenas 5,9s. O que não importa muito. No Phantom, o que vale é ostentar. (FABIANO SEVERO)


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