São Paulo, domingo, 25 de outubro de 2009

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Pedalada elétrica

Eduardo Knapp/Folha Imagem
A triatleta Fernanda Garcia acelera a bicicleta sem pedalar, na praia de Santos

TRABALHO

ANDRÉ LOBATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Viver o sonho de urbanistas e ir para o trabalho de bicicleta requer coragem em São Paulo, uma cidade mais de carros que de pedestres.
A bicicleta elétrica ajuda a viver esses dois opostos paulistanos e faz da aventura um passeio agradável para quem tem pouco medo de ladrão ou de atropelamento.
Diferentemente do status dos carros luxuosos, a bicicleta motorizada atrai perguntas simpáticas do porteiro ao chefe da empresa.
É possível passar por calçadas e também acelerar junto aos carros no cantinho das ruas. Pelos quarteirões de Higienópolis (centro), a vida é descomplicada. Calçadas largas, vias arborizadas e tráfego lento fazem da ida à labuta uma motivação.
Chegando em Santa Cecília (centro), a corrida de obstáculos começa. As calçadas são esburacadas, e o sol fica intenso na avenida São João.
O motorzinho dá aquela acelerada quando necessário e chega a parecer efeito especial subir ladeiras, de tão fácil e silencioso que é. Difícil saber se o transporte limpo pegará ou ficará no modismo.

LAZER

CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Liberdade é a palavra. A bicicleta elétrica possibilita sair de casa em um veículo prático e sem as limitações do corpo em uma subida.
Trajetos planos ou íngremes se tornam um passeio no parque. Só com pedaladas contínuas, mas sem esforço, a bicicleta ganha velocidade.
Na hora de uma descida maior, o susto. Com mais peso na parte traseira, a bicicleta elétrica não tem tanta estabilidade quanto a comum.
Também é problema para desviar abruptamente de alguma coisa. Virar o guidão de uma hora para outra deixa o pneu da frente bambo.
Além disso, a "e-bike" não é para todo terreno. O rendimento é bom no asfalto, mas em ruas esburacadas, tem dificuldade para tracionar.
Daí, as pernas fazem o serviço. A questão é que, neste caso, adicione de dez a 15 quilos de motor e bateria. Dobra-se o peso da bicicleta!
Isso retira outra vantagem dos modelos comuns: a facilidade de carga. Levá-la em um trecho em que não é possível pedalar é bem difícil. Ainda assim, no asfalto, é só alegria. Se durar a bateria...


Assista ao vídeo das bicicletas elétricas

www.folha.com.br/0929612


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