|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Na China, governo restringe moto e incentiva bicicletas elétricas
ARTHUR CALDEIRA
ENVIADO ESPECIAL A CHONGQING (CHINA)
A China é o maior produtor
mundial de motos e já fabricou
25 milhões de unidades neste
ano -13 vezes a produção do
Brasil no mesmo período.
Nem por isso as motos têm
permissão para rodar em qualquer lugar da China. O governo
proíbe a circulação das motocicletas em rodovias e grandes cidades, como Xangai e Pequim.
O motivo? As motocicletas
com capacidade cúbica entre
50 cm3 e 100 cm3 são perigosas,
dizem os fabricantes, sem dar
respostas objetivas sobre a regulamentação -Chongqing, a
capital chinesa das motos, é
uma rara exceção. Certo é que,
nas rodovias, há placas brancas
com uma diagonal vermelha
sobre o ícone de uma moto.
Com isso, as bicicletas elétricas ganham espaço entre a população de 1,3 bilhão de habitantes, que busca um meio rápido e barato de se locomover.
Segundo o Instituto de Pesquisa de Motos e Bicicletas da
China, a produção de bicicletas
movidas por motores elétricos
dobrou em quatro anos. Passou
de 10 milhões de unidades em
2004 para 20 milhões no ano
passado -57% da produção total de bicicletas.
Capacete
Em muitas regiões, as vendas
de bicicletas elétricas ultrapassam as de motos. De 2005 a
2008, foram vendidos 80 milhões de veículos elétricos na
China, entre bicicletas e "scooters", também populares por
incentivo do governo chinês.
A diferença é que, em média,
os motores elétricos na China
encarecem as bicicletas em 3,5
vezes. No Brasil, esse número
chega a sete vezes. Ou seja, uma
bicicleta de R$ 300 sobe para
R$ 2.000 com o kit de baterias.
Diferentemente do Brasil, lá
não há legislação específica para as bicicletas elétricas. Por
enquanto, são classificadas como bicicletas comuns, podem
entrar na contramão e rodar e
estacionar sobre a calçada.
Setas, lanternas e faróis não
são obrigatórios. O capacete
também não, apenas para motocicletas acima de 100 cm3.
Isso é o que está na lei, mas
pouquíssimos motociclistas
usam o acessório regularmente. E como a polícia não costuma multar, a lei perde força.
Texto Anterior: Contran vê "e-bike" como ciclomotor Próximo Texto: Foco: Audi "queima" peruas RS6 e aposta em sedãs de 580 cv Índice
|