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Chineses feitos no Uruguai chegam ao Brasil em junho
Chery lança 4 modelos até setembro, e Lifan, 3 em 2010
DO ENVIADO ESPECIAL A WUHU (CHINA)
Na China, há enormes conjuntos habitacionais comunistas que, de longe, parecem bonitos e bem resolvidos. Só que,
à medida que você se aproxima,
começam a revelar deslizes de
acabamento e de montagem.
Assim é o Chery A3, lançado
no Salão de Xangai e avaliado
pela Folha anteontem em Wuhu, cidade-sede da Chery,
quinta maior montadora da
China. As versões hatch e sedã
do A3 serão feitas em CKD
(completamente desmontadas) no Uruguai. Chegarão aqui
em setembro, por R$ 44 mil.
É o preço de, por exemplo,
um VW Polo, mas com porte e
estilo de Ford Focus. Para isso,
a Chery precisou de uma força
do estúdio italiano Pininfarina,
famoso por desenhar Ferrari.
De perto, porém, a coisa muda de figura no Chery A3. As
emendas de capô, portas e porta-malas são desalinhadas, assim como o encaixe do painel.
Também há rebarbas de
plástico por todos os lados e falhas no acabamento da costura
dos bancos. "Nossa maior
preocupação é mudar o estigma de produto chinês de baixa
qualidade", afirma Luis Curi,
presidente da Chery do Brasil.
A marca se mostrou superior
à média chinesa, mas ainda está longe do padrão de acabamento de carros europeus e,
principalmente, japoneses.
Junto com o A3 1.6 16V (119
cv) chegam também o hatch
Face (R$ 30 mil) e o subcompacto QQ (R$ 24 mil). Este último parece ser o carro mais
competitivo da Chery no mercado brasileiro. Virá com motor 1.1 (68 cv), ar-condicionado,
direção hidráulica e trio elétrico a preço de Mille "pelado".
Antes disso, porém, chega o
jipinho Tiigo, a maior aposta de
Curi. "Em junho lançaremos o
Tiigo, num segmento em que a
Ford, com o EcoSport, mostrou ser muito promissor."
Completo, custará R$ 49 mil e
terá motor 2.0 (123 cv). Todos
terão três anos de garantia.
Lifan
Outra chinesa, a Lifan, também montará carros no Uruguai e, a partir do começo do
ano que vem, vai exportá-los
para o Brasil, segundo Steven
Xu, gerente de produto do grupo Chongqing Lifan.
O sedã 620 desembarca por
R$ 42 mil e deve concorrer com
o Chery A3, que terá o nome
modificado para não remeter
ao hatch da Audi. O 620 usará
um motor 1.6 de 116 cv. É o
mesmo propulsor do sedã 520,
que custará R$ 35 mil e vai concorrer com o Fiat Siena.
O mais curioso, porém, é o
320, um hatch copiado do Mini
Cooper. Chegará por R$ 32 mil,
diz Xu.
(FABIANO SEVERO)
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