São Paulo, domingo, 26 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Por R$ 160 mil, Eos quer ser "dois em um"

Com motor 2.0 turbo do TT Roadster, conversível da VW para quatro é 55% mais caro que Mégane Cabriolet

FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Por uma questão de segurança, todo esportivo equipado com motor a partir de 200 cv (cavalos) deveria vir com um curso de pilotagem. Quem já teve oportunidade de acelerá-los forte sabe como são selvagens.
Para competir em potentes F-1, por exemplo, pilotos de categorias inferiores precisam conquistar a superlicença, uma espécie de carteira de habilitação da elite do automobilismo.
Nas lojas desde março, por R$ 159,9 mil, o Volkswagen Eos turbinado pode se enquadrar como um desses esportivos ariscos. Tem exatas duas centenas de cavalos.
Mas é o câmbio de seis marchas com dupla embreagem que o faz andar como o inquieto BMW 130i M de seis cilindros (265 cv), que custa 30% mais.
No teste Folha-Mauá, o Eos cravou 100 km/h no velocímetro em 7,8s -apenas 0,2s depois que o 130i-, e na rodovia percorreu 14,5 km com um litro de gasolina.
No entanto, só o VW é um descapotável -assim são chamados os conversíveis em Portugal, de onde o modelo vem.

Num toque
E, num toque de botão, o teto do Eos se esconde no porta-malas (205 l), e o esportivo ganha outros rivais, como o Renault Mégane Cabriolet (R$ 103.590) e o "primo rico" Audi TT Roadster (R$ 225.297), que só transporta dois ocupantes.
Por levar mais dois no banco traseiro e por ainda ter jeitão de Jetta "cupê" quando fechado, o Eos bem que poderia aparecer num daqueles canais de vendas cheio de produtos mirabolantes tipo "dois em um".
Dá até para imaginar um locutor frenético narrando a lista de equipamentos do veículo "familiar-esportivo" da VW.
Ele traz faróis de xenônio direcionais, lanternas traseiras com Leds, controle de tração e de estabilidade, além de ar-condicionado com duas zonas de temperatura.
O Eos pode ser encomendado com acabamento interno em couro preto, cinza ou bege.
O anúncio só não dirá que o mecanismo elétrico de um conversível pode pifar bem numa hora inapropriada.
O teto do Eos, durante o teste, embirrou justo na hora que uma garoa resolveu cair. Mas a capota avisou antes: fazia barulho de alguma peça solta.

A VW cedeu o Eos para teste


Texto Anterior: Porsche Panamera rouba a cena em Xangai
Próximo Texto: Chineses feitos no Uruguai chegam ao Brasil em junho
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.