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Por R$ 160 mil, Eos quer ser "dois em um"
Com motor 2.0 turbo do TT Roadster, conversível da VW para quatro é 55% mais caro que Mégane Cabriolet
FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Por uma questão de segurança, todo esportivo equipado
com motor a partir de 200 cv
(cavalos) deveria vir com um
curso de pilotagem. Quem já teve oportunidade de acelerá-los
forte sabe como são selvagens.
Para competir em potentes
F-1, por exemplo, pilotos de categorias inferiores precisam
conquistar a superlicença, uma
espécie de carteira de habilitação da elite do automobilismo.
Nas lojas desde março, por
R$ 159,9 mil, o Volkswagen
Eos turbinado pode se enquadrar como um desses esportivos ariscos. Tem exatas duas
centenas de cavalos.
Mas é o câmbio de seis marchas com dupla embreagem
que o faz andar como o inquieto
BMW 130i M de seis cilindros
(265 cv), que custa 30% mais.
No teste Folha-Mauá, o
Eos cravou 100 km/h no velocímetro em 7,8s -apenas 0,2s
depois que o 130i-, e na rodovia percorreu 14,5 km com um
litro de gasolina.
No entanto, só o VW é um
descapotável -assim são chamados os conversíveis em Portugal, de onde o modelo vem.
Num toque
E, num toque de botão, o teto
do Eos se esconde no porta-malas (205 l), e o esportivo ganha outros rivais, como o Renault Mégane Cabriolet (R$
103.590) e o "primo rico" Audi
TT Roadster (R$ 225.297), que
só transporta dois ocupantes.
Por levar mais dois no banco
traseiro e por ainda ter jeitão de
Jetta "cupê" quando fechado, o
Eos bem que poderia aparecer
num daqueles canais de vendas
cheio de produtos mirabolantes tipo "dois em um".
Dá até para imaginar um locutor frenético narrando a lista
de equipamentos do veículo
"familiar-esportivo" da VW.
Ele traz faróis de xenônio direcionais, lanternas traseiras
com Leds, controle de tração e
de estabilidade, além de ar-condicionado com duas zonas
de temperatura.
O Eos pode ser encomendado com acabamento interno
em couro preto, cinza ou bege.
O anúncio só não dirá que o
mecanismo elétrico de um conversível pode pifar bem numa
hora inapropriada.
O teto do Eos, durante o teste, embirrou justo na hora que
uma garoa resolveu cair. Mas a
capota avisou antes: fazia barulho de alguma peça solta.
A VW cedeu o Eos para teste
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