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Com melhor preço e recordista em economia, Voyage 1.0 mostra que tem cacife para destronar o líder Siena
FELIPE NÓBREGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os sedãs compactos são a elite dos "populares". Com porta-malas de verdade, conquistam
consumidores em ascensão.
Nas propagandas, a referência é quase sempre um jovem
com cara de recém-promovido
ou uma família feliz a desfrutar
do seu espaço adicional.
E, disputando os protagonistas da vida real, estão dez sedãs
compactos, que juntos, devem
vender 460 mil unidades no
ano -15% do mercado total.
A Volkswagen, que estava fora desse segmento há 13 anos,
revive o seu Voyage com a missão de tentar destronar o Siena,
que, desde então, não dorme
sossegado. O maior pesadelo do
Fiat é saber que o novo rival deriva do Gol, carro preferido dos
brasileiros há 21 anos.
Mas nem tudo são flores para
o lado do Voyage. Sua lista de
itens de série é escassa, principalmente na versão de entrada,
a 1.0 TotalFlex, que passou pelo
teste Folha-Mauá.
Nada muito além de porta-malas com abertura elétrica e
regulagem de altura do banco
do motorista. A justificativa até
poderia ser o preço inicial de
R$ 30.990, mas o Siena Fire
(com visual da geração anterior) custa o mesmo e oferece
direção hidráulica de série.
Quem prefere mais conforto
pode ficar com a versão ELX
1.0 (R$ 35.920), que desfila,
desde o ano passado, a carroceria reestilizada. Para justificar
o sobrepreço, traz computador
de bordo, trava elétrica e cromados por todos os lados.
Com ar-condicionado e vidros elétricos, o sedã da Fiat
sobe para R$ 39.475. Igualmente "emergente", o Volkswagen sai por R$ 37.370.
Recorde
E é no desempenho que os rivais mais se assemelham. O Voyage, com 76 cv (cavalos) -um
além do Siena-, leva vantagem
quando abastecido com álcool.
O estreante marca 100 km/h
no velocímetro em 17,58s,
0,54s antes que o oponente,
que é 90 kg mais pesado.
Já com gasolina, combustível
que inverte o 1 cv de vantagem
para o Siena (73 cv), a situação
melhora para ele, mas aí o Voyage se transforma num campeão de economia. Ele fez, na
estrada, 18,2 km/l -melhor que
o próprio Gol (15,9 km/l).
"O prolongamento na traseira melhora a aerodinâmica",
justifica Luiz Veiga, chefe da
equipe de designers brasileiros
da VW na Alemanha.
O Voyage, além de mais barato e econômico, tem mais espaço interno e melhor dirigibilidade. Tudo o que a publicidade
da Fiat sempre ressaltou.
Os carros foram cedidos para teste
pelas montadoras
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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