São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

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Com melhor preço e recordista em economia, Voyage 1.0 mostra que tem cacife para destronar o líder Siena

FELIPE NÓBREGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os sedãs compactos são a elite dos "populares". Com porta-malas de verdade, conquistam consumidores em ascensão.
Nas propagandas, a referência é quase sempre um jovem com cara de recém-promovido ou uma família feliz a desfrutar do seu espaço adicional.
E, disputando os protagonistas da vida real, estão dez sedãs compactos, que juntos, devem vender 460 mil unidades no ano -15% do mercado total.
A Volkswagen, que estava fora desse segmento há 13 anos, revive o seu Voyage com a missão de tentar destronar o Siena, que, desde então, não dorme sossegado. O maior pesadelo do Fiat é saber que o novo rival deriva do Gol, carro preferido dos brasileiros há 21 anos.
Mas nem tudo são flores para o lado do Voyage. Sua lista de itens de série é escassa, principalmente na versão de entrada, a 1.0 TotalFlex, que passou pelo teste Folha-Mauá.
Nada muito além de porta-malas com abertura elétrica e regulagem de altura do banco do motorista. A justificativa até poderia ser o preço inicial de R$ 30.990, mas o Siena Fire (com visual da geração anterior) custa o mesmo e oferece direção hidráulica de série.
Quem prefere mais conforto pode ficar com a versão ELX 1.0 (R$ 35.920), que desfila, desde o ano passado, a carroceria reestilizada. Para justificar o sobrepreço, traz computador de bordo, trava elétrica e cromados por todos os lados.
Com ar-condicionado e vidros elétricos, o sedã da Fiat sobe para R$ 39.475. Igualmente "emergente", o Volkswagen sai por R$ 37.370.

Recorde
E é no desempenho que os rivais mais se assemelham. O Voyage, com 76 cv (cavalos) -um além do Siena-, leva vantagem quando abastecido com álcool.
O estreante marca 100 km/h no velocímetro em 17,58s, 0,54s antes que o oponente, que é 90 kg mais pesado.
Já com gasolina, combustível que inverte o 1 cv de vantagem para o Siena (73 cv), a situação melhora para ele, mas aí o Voyage se transforma num campeão de economia. Ele fez, na estrada, 18,2 km/l -melhor que o próprio Gol (15,9 km/l).
"O prolongamento na traseira melhora a aerodinâmica", justifica Luiz Veiga, chefe da equipe de designers brasileiros da VW na Alemanha.
O Voyage, além de mais barato e econômico, tem mais espaço interno e melhor dirigibilidade. Tudo o que a publicidade da Fiat sempre ressaltou.


Os carros foram cedidos para teste pelas montadoras

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092



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