São Paulo, domingo, 27 de julho de 2008

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Caros, triciclos exigem carteira de moto

MP3, de R$ 39,5 mil e 34 cv, e Spyder, de R$ 74,9 mil e 106 cv, têm comportamentos diferentes até no pedágio

DA REPORTAGEM LOCAL

"Ai, moço. Que susto! Achei que fosse um bandido", disse Bruna, atendente do pedágio da rodovia Castelo Branco, ao se deparar com o BRP Spyder.
Não que o Spyder pareça o veículo do Mad Max. "É que, quando as motos param aqui, já pensamos que é assalto." Moto? "É, moto. Elas passam lá pelo cantinho", diz ela, apontando para um pequeno corredor delimitado por cones. Impossível: o Spyder é largo demais.
De longe, a superiora de Bruna avisa: "Qualquer veículo com duas rodas na frente paga o mesmo que um carro".
Na prática, a teoria é outra. Minutos antes, o Piaggio MP3, também com duas rodas dianteiras, passou incólume pelo tal cantinho. Ele é um "maxiscooter", com largura de moto grande, e, portanto, não pagou um centavo da tarifa de R$ 6,30.
Só as três rodas em "Y" e a exigência de carteira "A" unem o Spyder e o MP3. O primeiro tem dirigibilidade de quadriciclo e propulsor de moto esportiva. São 106 cv (cavalos), dois cilindros em "V", 998 cm3 de cilindrada e injeção eletrônica.
O Spyder anda mais que faz curva e freia mais que anda. Há controle de estabilidade e freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição de frenagem) por R$ 74,9 mil.
O MP3 também é caro, mas nem tanto. Sai por R$ 39,5 mil com motor monocilíndrico de 399 cm3. Mas só do Spyder as pessoas na rua tiram foto com o celular. Até em movimento, guiando outras motos. É de fazer inveja ao Cirque Du Soleil.
(FABIANO SEVERO)


Os "scooters" foram cedidos para avaliação pelas importadoras


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