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Só a Nissan acreditou no CVT "flex"
DA REDAÇÃO
Difícil apontar um erro
da Nissan. Foram vários:
1) Demorou a acreditar no
potencial do Brasil e chegou tarde; 2) preferiu focar
em picapes e utilitários
4x4 e ignorou um grande
mercado de hatches e sedãs; 3) quando acordou,
trouxe o Sentra antigo, um
dos sedãs mais feios já produzidos nos anos 2000.
A geração do Sentra
mostrada nesta página
veio em 2007. Precisava
abandonar a pecha de táxi
no México e conquistar o
casal jovem dos EUA.
Daí os toques de 350Z
aqui e acolá. Faróis longilíneos, vincos no capô, lanternas transparentes.
A japonesa também foi
uma das poucas a investir
pesado no câmbio CVT
(continuamente variável).
Há polias que criam inúmeras combinações de
marcha, fornecem torque
alto já a 2.000 rpm e rotações baixas em "overdrive" (velocidade cruzeiro).
A força do motor 2.0 fica
clara nos aclives da Dutra.
Há mais disposição para
ultrapassar e subir do que
seus rivais Civic (140 cv) e
Corolla (136 cv), ambos
com motores 1.8 16V.
Só a Nissan também
acreditou no câmbio CVT
para motores bicombustíveis. A Honda desistiu: disse que era caro demais investir no CVT do Fit para
que rodasse com álcool.
Mas a Nissan pode pagar
o preço da ousadia. Primeiro porque, como só ela
tem o CVT nos sedãs, o
cliente pensa duas vezes
em depositar suas fichas
numa decisão minoritária.
Segundo: o consumo
com álcool não tem sido
bom. No teste Folha-Mauá, não baixou de 6,8
km/l na cidade. É marca
de motor 2.0 de Peugeot/
Citroën, os piores e mais
beberrões dos flexíveis.
Por último, a imagem
desconhecida da Nissan
empaca as vendas do Sentra (a partir de R$ 53 mil).
Até novembro, foram só
5.424 unidades. É o que
Civic e Corolla vendem
em um mês bom cada um
-e partindo de R$ 60 mil.
O Sentra só está à frente
de Mégane, Bora e 307 Sedan, três defuntos que esqueceram de enterrar.
(FS)
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