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Com jovem russo, TVR tende a sumir
DO "INDEPENDENT"
Aos 60 anos, é incerto o
futuro da TVR, uma pequena fábrica inglesa de
carros esportivos. Incerteza também ronda as intenções de seu dono, o russo
Nikolai Smolensky, 26,
que comprou a empresa
há dois anos. Tímido, foi
apelidado de "bebê oligarca" por causa de seu pai,
um banqueiro milionário.
Smolensky repetia que
os 300 funcionários permaneceriam no Reino
Unido. Até que, em outubro, anunciou que acabaria a produção em Blackpool e a transferiria para
outro país. Mas a TVR não
estava fadada ao fracasso.
Sempre atuou num
mercado de nicho, fazendo 500 carros por ano. O
problema não era dinheiro: foram injetados 30 milhões de libras (R$ 135 milhões) para deixar a produção mais eficiente e
aprimorar o design.
Smolensky completou
em duas semanas um negócio que costuma levar
meses. O fã de carros esportivos foi a uma revenda, comprou um T350
Targa e anunciou ao vendedor: "Comprarei a TVR
amanhã". Não sabia, porém, que a fábrica de
Blackpool não seria sua.
O proprietário anterior
ficou com o local e cobrava
aluguel, obrigando à procura infrutífera de um novo local. É plausível que
um executivo inexperiente brincando com o dinheiro do pai tenha cometido um erro desses.
Quando os conselheiros
de Smolensky foram à fábrica, carros novos na porta impressionavam os visitantes. E tentavam esconder uma fábrica da era vitoriana: a linha rústica
sempre ajudou a TVR.
As vendas caíram para
apenas 200 carros em
2006. E a pergunta que fica é se a TVR pode ser salva e se vale salvá-la. A subsidiária criada para cuidar
da unidade fabril foi vendida após o anúncio de
produção em outro país.
Smolensky gostaria de
vender a TVR, mas, tendo
pago 15 milhões de libras e
investido outros 30 milhões, pediria 50 milhões
por algo que dá prejuízo. A
não ser que ache alguém
ingênuo como ele, a chance da TVR é mínima.
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