Versão XTR não sofreu nenhuma alteração mecânica

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem a estratégia da Ford com o EcoSport ou da Volkswagen com o CrossFox, a Citroën aposta na "sinceridade" ao fazer no Brasil o C3 XTR, a versão com visual aventureiro de seu compacto. "As pessoas usam o carro na cidade. O C3 XTR vende adrenalina e aventura, só que na cidade", afirma Sergio Habib, presidente da Citroën.
Segundo pesquisas da fábrica, 97% dos potenciais clientes de um C3 XTR não levariam o carro à terra, o que fez a Citroën dispensar alterações mecânicas: "A aposta foi não levantar o carro para não perder dirigibilidade e estabilidade", desafia.
O XTR custa R$ 51,4 mil -o preço promocional de lançamento é de R$ 48,9 mil-, contra R$ 43.680 do GLX. A lista de equipamentos é extensa, com ar-condicionado, direção e trio elétricos, airbag, faróis de neblina, freios com ABS (antitravamento), EBD (distribuição da frenagem) e AFU (assistência à frenagem de emergência), bancos de couro, rodas de 15 polegadas e toca-CDs com controle no volante, entre outros.
Mas o preço inicial de seus principais concorrentes é menor, com o CrossFox 1.6 vendido a R$ 43.602, e o EcoSport, a R$ 49.290. Completos, porém, eles saem, respectivamente, por R$ 61.948 e R$ 66.429. O lançamento de uma versão mais acessível do XTR, por enquanto, está descartada.
O motor é o mesmo 1.6 16V flexível do C3 comum, capaz de desenvolver 110 cv (cavalos) com gasolina e 113 cv com álcool e acelerar de 0 a 100 km/h em até 9,6s, segundo a montadora. "O desempenho é um dos itens menos priorizados pelo cliente, que não corre mais por causa dos radares", diz Habib. Ele promete lançar, até 2010, um novo carro feito na América do Sul. (GERSON CAMPOS)