São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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AUTOFOLHA

Manutenção deve ser bem-feita para o veículo não quebrar em ação

Acessórios deixam emoção do fora-de-estrada maior

Renato Stockler/Folha Imagem
Cláudia Tielas, que encara trilhas com sua L200, recomenda cuidado ao escolher um parceiro nas competições; "não pode ser nem marido nem namorado para não brigar'


ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sujar o carro e atolar é tudo o que um aventureiro quer quando escolhe uma trilha. E, como ninguém pretende desviar dos trechos com lama, é preciso que o veículo seja revisado e tenha equipamentos adequados.
O primeiro passo, evidentemente, é comprar um 4x4. Fábio Dal Fabbro Filho, presidente do Jeep Clube do Brasil, diz que a escolha do veículo deve partir do custo/benefício que ele vai proporcionar ao usuário.
"Há desde modelos como o Suzuki Samurai, que pode ser encontrado por a partir de R$ 10 mil, até opções luxuosas, como o Porsche Cayenne. Todos chegam ao mesmo lugar e podem percorrer a mesma trilha."
Segundo Fabbro, o dono do carro com tração integral deve saber usar -e, principalmente, usufruir- os equipamentos. "Os modelos mais sofisticados têm vários botões e alavancas que precisam ser familiarizados por meio do manual ou de cursos especializados."
Depois da escolha do carro, a principal providência para quem quer fazer uma trilha é colocar pneus especiais para trafegar na lama. "Um Mitsubishi Pajero TR4, que custa R$ 80 mil, não vem equipado com pneus lameiros. Já a Land Rover ou a Troller oferecem o pneu correto", alerta Fabbro.

Acessórios
Fernando Motta, dono da loja especializada Andaluz, concorda que, para a aventura ser completa, é preciso atolar e contar com a ajuda de amigos.
A artista plástica Cláudia Tielas, 37, tem uma Mitsubishi L200 Savana preparada para rali. Em 2005, começou a "brincar" de fazer trilhas e gostou dos desafios. "Agora estou levando a sério as competições. Já passei por vários apuros e conclui que o lado patricinha tem de ser esquecido."
Os acessórios básicos e imprescindíveis são o guincho, os pneus conhecidos como "mud terrain" (com sulcos de até 5 cm de profundidade) e o snorkel, que faz o motor sugar o ar pelo teto, não pela dianteira.
Outras dicas de Motta são faróis de milha, cabo auxiliar de bateria, cinta para reboque e prancha ou âncoras para ajudar a desatolar. "O aventureiro vai gastar em torno de R$ 7.000."
Polêmico, o engate para reboque também é considerado importante. Segundo Amauri Silveira, da associação dos fabricantes de engate, o equipamento deve ter esfera resistente, ser fixado na longarina do carro e obedecer à capacidade de tração do veículo.


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