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COMBUSTÍVEL
Despesa mais freqüente no cotidiano dos motoristas deve ser analisada
"Popular" pode consumir tanto quanto 1.8 automático
DA REDAÇÃO
Um dos maiores gastos exigidos por um automóvel no dia-a-dia é justamente o combustível. Por isso o motorista deve
atentar ao consumo do modelo
em que está interessado antes
de fechar o negócio. Como há
montadoras que não divulgam
os dados de consumo, vale a regra: quanto mais potente o motor, mais o carro vai "beber".
Na cidade, um Chevrolet
Corsa, que tem 71 cv (cavalos),
percorre 11 km com um litro de
gasolina. Com 306 cv, um Mercedes-Benz E 500 faz a média
de 5,4 km/l. A diferença de performance também é clara: para
atingir a velocidade de 100
km/h, o "popular" leva 15,13s, e
o sedã de luxo, com seu motor
V8 (oito cilindros em "V"), registra o tempo de 6,38s.
Mas, para não comparar apenas os extremos da "cadeia veicular", um outro exemplo mostra que nem sempre os modelos
com motor 1.0 são os mais econômicos. Um Toyota Corolla
1.8 equipado com câmbio automático consegue a média de
15,4 km/l em percurso rodoviário. É exatamente o mesmo número alcançado pelo Fiat Palio
1.0, que tem 71 cv a menos.
Foi exatamente por causa do
combustível que o gerente de
qualidade Cássio Augusto Espada de Moura, 30, mudou sua
rotina. Três vezes por semana,
ele deixa seu Audi A3 na garagem e percorre os 25 km entre
sua casa e seu trabalho com o
ônibus fretado pela empresa.
Seus cálculos mostram que
eram R$ 640 por mês só com
gasolina -e os gastos com o
ônibus totalizam apenas R$ 32.
Segundo ele, o pacote não
tem só essa vantagem, ainda
que tenha de sair 50 minutos
antes do normal. "Vou e volto
dormindo. E não passo pelo
estresse de estar preso no trânsito", comemora Moura.
Carro 1.4
Boa opção para quem não
abre mão de andar de carro é
escolher um com propulsor 1.4.
As montadoras têm investido
no segmento: já são nove veículos com essa motorização.
A Peugeot, por exemplo, parou de oferecer o 206 1.0 16V
para só vender o hatchback
com cilindrada maior. Na gama
da Fiat, são quatro carros, incluindo a picape Strada.
A vantagem mais perceptível
é em relação ao torque (força),
que faz uma importante diferença na hora de "arrancar"
com o veículo. No caso do 206,
por exemplo, ele foi de 9,5 kgfm
para 12,6 kgfm. E, de um modo
geral, eles são tão ou mais econômicos que os "populares".
O Honda Fit faz a média de
13,5 km/l em percurso urbano.
Também na cidade, a Peugeot
206 SW registra 11,3 km/l, e o
Citroën C3, 11,8 km/l -os dois
últimos são bicombustíveis.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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