São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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COMBUSTÍVEL

Despesa mais freqüente no cotidiano dos motoristas deve ser analisada

"Popular" pode consumir tanto quanto 1.8 automático

DA REDAÇÃO

Um dos maiores gastos exigidos por um automóvel no dia-a-dia é justamente o combustível. Por isso o motorista deve atentar ao consumo do modelo em que está interessado antes de fechar o negócio. Como há montadoras que não divulgam os dados de consumo, vale a regra: quanto mais potente o motor, mais o carro vai "beber".
Na cidade, um Chevrolet Corsa, que tem 71 cv (cavalos), percorre 11 km com um litro de gasolina. Com 306 cv, um Mercedes-Benz E 500 faz a média de 5,4 km/l. A diferença de performance também é clara: para atingir a velocidade de 100 km/h, o "popular" leva 15,13s, e o sedã de luxo, com seu motor V8 (oito cilindros em "V"), registra o tempo de 6,38s.
Mas, para não comparar apenas os extremos da "cadeia veicular", um outro exemplo mostra que nem sempre os modelos com motor 1.0 são os mais econômicos. Um Toyota Corolla 1.8 equipado com câmbio automático consegue a média de 15,4 km/l em percurso rodoviário. É exatamente o mesmo número alcançado pelo Fiat Palio 1.0, que tem 71 cv a menos.
Foi exatamente por causa do combustível que o gerente de qualidade Cássio Augusto Espada de Moura, 30, mudou sua rotina. Três vezes por semana, ele deixa seu Audi A3 na garagem e percorre os 25 km entre sua casa e seu trabalho com o ônibus fretado pela empresa. Seus cálculos mostram que eram R$ 640 por mês só com gasolina -e os gastos com o ônibus totalizam apenas R$ 32.
Segundo ele, o pacote não tem só essa vantagem, ainda que tenha de sair 50 minutos antes do normal. "Vou e volto dormindo. E não passo pelo estresse de estar preso no trânsito", comemora Moura.

Carro 1.4
Boa opção para quem não abre mão de andar de carro é escolher um com propulsor 1.4. As montadoras têm investido no segmento: já são nove veículos com essa motorização.
A Peugeot, por exemplo, parou de oferecer o 206 1.0 16V para só vender o hatchback com cilindrada maior. Na gama da Fiat, são quatro carros, incluindo a picape Strada.
A vantagem mais perceptível é em relação ao torque (força), que faz uma importante diferença na hora de "arrancar" com o veículo. No caso do 206, por exemplo, ele foi de 9,5 kgfm para 12,6 kgfm. E, de um modo geral, eles são tão ou mais econômicos que os "populares".
O Honda Fit faz a média de 13,5 km/l em percurso urbano. Também na cidade, a Peugeot 206 SW registra 11,3 km/l, e o Citroën C3, 11,8 km/l -os dois últimos são bicombustíveis.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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