São Paulo, domingo, 28 de junho de 2009 |
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911 tamanho família
Porsche embarca no sucesso do Cayenne e lança seu "cupê de quatro portas" com 500 cv
FELIPE NÓBREGA ENVIADO ESPECIAL A ELMAU (ALEMANHA) Ferry Porsche vai se revirar no caixão quando perceber o que fizeram nesta década com a sua empresa de cupês esportivos. Para o centenário de Ferry, em setembro, a Porsche prepara outra surpresa: o Panamera. É o primeiro "puro-sangue" de quatro portas da marca, que quase criou um esportivo para quatro pessoas nos anos 50. "O Panamera tem o conforto do Cayenne e a performance do esportivo 911", compara Michael Macht, vice-presidente da Porsche. Pode até ser. Mas, nesse cruzamento, há quem acredite na teoria do pato: ele nada, anda e voa, mas não faz nada disso direito. Talvez se o pobre animal tivesse motor V8 (oito cilindros em "V") turbinado de 500 cv (cavalos), suspensão inteligente e aerofólio bidirecional, tudo seria diferente. E emocionante. Só não dá para dizer que, com tantas mudanças, o bicho ficaria bonito. "É uma questão de costume", opina Grant Larson, chefe de design da Porsche, sobre o Panamera. "Ele é mais elegante ao vivo que em fotos." O longo entre-eixos (57 cm maior que o do 911) e a "corcunda" traseira com caimento sobre o porta-malas (432 l) terá resistência dos puristas. Eles, porém, poderão levar quatro pessoas em bancos individuais, todos com ventilação e ajuste elétrico dos encostos. Não poderia ser diferente num carro de luxo que chegará ao Brasil em outubro custando cerca de R$ 500 mil (a Porsche não confirma). É o preço do Mercedes CLS 63 AMG (514 cv), o precursor desse segmento de "cupês de quatro portas". O preço talvez seja uma das razões para que a Porsche planeje vender apenas 45 Panamera por ano -o Cayenne emplaca mais de 250 por ano. Chiclete Quem comprá-lo terá o prazer de ouvir o som da alemã Burmester ou ativar o Sport Chrono Plus, que reprograma o motor e o câmbio de sete marchas com dupla embreagem. É assim: pare o Panamera num retão e coloque um pacote de chiclete sobre o painel. Pise no freio com o pé esquerdo e, com o outro, acelere fundo até o motor urrar. Aparecerá a mensagem "controle de lançamento ativado". Então solte o pedal do freio de uma vez. Você sentirá uma estilingada tão forte que em 4s o carro estará a 100 km/h. Um pouco mais e chegará a 303 km/h, diz a Porsche. E o chiclete? Vai voar lá para trás mais desengonçado que um pato amedrontado. O jornalista viajou a convite da Porsche, que cedeu o Panamera para avaliação. Texto Anterior: Cartas Próximo Texto: Há 50 anos, nascia o "avô" do Panamera Índice |
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