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Linea busca sofisticação ausente nos Fiat
Com preço inicial de R$ 60,9 mil e bem equipado, sedã médio tem motores 1.9 ou 1.4T e navegação no painel
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS
A Fiat sabe que, numa rápida
pesquisa, poucos motoristas
associam seu nome a luxo.
Nunca conseguiu que o Marea,
por exemplo, fosse um sucesso
de vendas. Por isso, para voltar
ao mercado de sedãs médios,
cercou-se de cuidados.
O que não falta ao Linea é novidade -especialmente para
um Fiat. Inaugura os motores
1.4 turbo e 1.9 e, opcionalmente, pode ter o primeiro sistema
brasileiro de navegação integrado ao painel.
Com freios a disco com ABS
(antitravamento) de série, nas
revendas, ficará num canto separado, com chão de vidro, para
negar o parentesco com o Mille.
Nascido para ser um carro
global -foi criado por engenheiros da Itália, do Brasil e da
Turquia, onde também é fabricado-, o Linea usa o pára-brisa
e as portas dianteiras do Punto.
Ele é mais curto que o Chevrolet Vectra (4,62 m ante 4,56
m), tem entreeixos inferior ao
do Honda Civic (2,70 m e 2,60
m) e seu porta-malas é 20 l menor que o do Renault Mégane
(520 l contra 500 l).
Seu motor 1.9 16V tem até
132 cv (cavalos), só ficando à
frente do 2.0 do Vectra. E a Fiat
imagina que o câmbio automatizado seja o preferido do cliente, já que a caixa automática virou coqueluche do segmento.
Testado pela Folha em parceria com o Instituto Mauá de
Tecnologia, o Linea 1.9 Dualogic chegou a 100 km/h em
12,64s. Já a versão 1.4, batizada
de T-Jet, leva 9,94s. Ela tem
152 cv e câmbio manual, é a gasolina e custa R$ 78,9 mil.
Feito em cima do motor 1.4
Fire usado no Palio, o turbinado é, segundo a Fiat, uma tendência, por unir alto desempenho e baixo consumo. Em trecho urbano, ele roda 9,9 km/l
-o 1.9 consome 8,6 km/l.
Mimos
O Linea 1.9 custa R$ 60,9 mil,
valor que inclui ar-condicionado com saída para o banco traseiro. O câmbio automatizado
deixa o sedã R$ 3.000 mais caro, e a versão topo de linha, com
bancos de couro e sensor de
obstáculos traseiros, custa R$
68.640 -R$ 1.880 a menos que
o Civic automático mais barato.
Sem a pretensão de superar
as vendas da Honda, a Fiat
"comprará" o cliente com três
anos de garantia, ingressos para shows e um consultor técnico, e não um motorista, que
busque o carro para revisões.
Se nada disso der certo e o Linea ficar perdido por aí, bastará
a Fiat dizer aonde quer ir que
setas e vozes mostrarão. Mas,
para isso, é preciso pagar de R$
1.150 a R$ 1.950 pelo GPS.
Os carros foram cedidos para teste pela Fiat
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