São Paulo, Domingo, 28 de Novembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

E AGORA?
Dono de importado com representação ameaçada deve esperar as definições das regras de importação
Pressa é inimiga do negócio bem-feito

da Reportagem Local

O dono de carro cuja representação no Brasil está ameaçada não deve se apressar em vendê-lo, sob risco de provocar uma acentuada desvalorização e sair prejudicado. Quem ainda não comprou um novo, no entanto, deve pesar bem se vale a pena fazê-lo.
Como as empresas envolvidas não são frágeis -algumas têm mais de 50 anos e outras áreas de atuação além da importação, como o Grupo Verdi-, o consumidor não precisa ficar apavorado.
A lei dá a ele o direito de ter a manutenção de seu carro garantida por um prazo de cinco anos.
O melhor é esperar, já que essa situação de incerteza deve se prolongar só até o final do ano, quando o governo será obrigado a determinar regras de importação definitivas, que devem ser unificadas para os países do Mercosul.
Piero Chimenti, 66, dono de um Daewoo Nubira, optou pelo veículo há dois anos devido ao motor. "É praticamente um Vectra", diz ele, referindo-se ao uso, pelo Daewoo, de mecânica Opel, como os carros da Chevrolet no Brasil.
"Nunca tive problema com ele nem tenho a preocupação de vendê-lo. Compro carro para usar, não para negociar."

O "dogueiro"
Quem usa um importado para trabalhar também não pretende se desfazer dele tão cedo. Amaral Silva, 37, tem uma Asia Towner há quatro anos e a utiliza para vender cachorro-quente. "Optei por ela porque é adequada às minhas necessidades."
Se um dia parasse de vender cachorros-quentes, porém, Silva venderia a vanzinha. "Ela é muito dura e desconfortável, além de ter peças de reposição que custam um absurdo. Uma anterior teve problema com bomba de gasolina. Gastei R$ 700 só nisso."
(GUSTAVO HENRIQUE RUFFO)


Texto Anterior: Importadores afirmam que vão apostar em nichos
Próximo Texto: Há carros mais 'garantidos'
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.