São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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Bravo é Alfa Romeo em embalagembem econômica

Topo de linha da Fiat parte de R$ 55 mil e apela para a emoção para tentar frear Focus e i30

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Há tempos a Alfa Romeo sonha em voltar ao Brasil, mas isso só vai acontecer se houver um carro para produção local. Ter volume de vendas é a única maneira de não naufragar novamente.
Até lá, órfãos da marca italiana poderão ter uma espécie de Alfa Giulietta em embalagem bem econômica. O Bravo, que a Fiat já começou a produzir em Betim (MG), chegará às lojas a partir da próxima semana.
Os dois carros compartilham parte da arquitetura e nasceram com DNA esportivo. Mesmo que não possuam motores empolgantes, agradam pela maneabilidade.
O Bravo, no entanto, foi vítima do facão de contenção de custos da Fiat, que exagerou em alguns aspectos, como na simplificação do sistema de suspensão traseiro.
Os rivais Ford Focus (R$ 53.430) e Hyundai i30 (R$ 58 mil), por exemplo, adotam o sistema multilink, que favorece o conforto.
O Bravo prefere apostar em equipamentos inéditos para a categoria. O GPS integrado ao toca-CDs, os faróis de xenônio e os sensores de estacionamento dianteiro e traseiro são alguns deles.
Mas serão itens de série apenas na versão topo de linha, a T-Jet, de R$ 67,7 mil, que chega depois (possivelmente em fevereiro).
É a única que traz o motor 1.4 turbo a gasolina (152 cv) do Punto apimentado. A diferença é que, no novo modelo, vem acoplado a um câmbio manual de seis marchas.
Com ele, o Bravo aguenta mais 10% de torque, passando de 21 kgfm para 23 kgfm -ímpeto de sedã Malibu 2.4.

OVERBOOSTER
Útil em ultrapassagens, a força extra do Fiat é obtida assim que o motorista aciona a tecla Overbooster no painel, elevando a pressão da turbina de 0,9 para 1,3 bar.
"Poderíamos manter o torque sempre no nível máximo, mas o botão aumenta a interatividade do motorista com o carro", diz Carlos Eugênio Dutra, diretor de produtos da Fiat.
Já a versão de entrada, a Essence 1.8 E.torQ (132 cv), que custa a partir de R$ 55,2 mil, é bem menos empolgante e recheada.
A direção direta, a excelente posição de dirigir e os bancos exageradamente duros, porém, até tentam perpetuar a imagem de esportividade que a carroceria tanto inspira.
Lançado há três anos na Europa, o Bravo mantém linhas modernas e sensuais, fazendo o Astra e o Golf parecerem da era paleolítica.
Mas o Bravo sabe que não terá vida fácil. Tanto que a Fiat estima vender 1.500 unidades por mês, a metade do que emplaca o Hyundai i30, atual líder da categoria.
"Mas miramos o Focus", diz Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat. (FN)


O jornalista viajou a convite da Fiat, que cedeu o Bravo para teste no autódromo


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