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Bravo é Alfa Romeo em embalagembem econômica
Topo de linha da Fiat parte de R$ 55 mil e apela para a emoção para tentar frear Focus e i30
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Há tempos a Alfa Romeo
sonha em voltar ao Brasil,
mas isso só vai acontecer se
houver um carro para produção local. Ter volume de vendas é a única maneira de não
naufragar novamente.
Até lá, órfãos da marca italiana poderão ter uma espécie de Alfa Giulietta em embalagem bem econômica. O
Bravo, que a Fiat já começou
a produzir em Betim (MG),
chegará às lojas a partir da
próxima semana.
Os dois carros compartilham parte da arquitetura e
nasceram com DNA esportivo. Mesmo que não possuam
motores empolgantes, agradam pela maneabilidade.
O Bravo, no entanto, foi vítima do facão de contenção
de custos da Fiat, que exagerou em alguns aspectos, como na simplificação do sistema de suspensão traseiro.
Os rivais Ford Focus
(R$ 53.430) e Hyundai i30
(R$ 58 mil), por exemplo,
adotam o sistema multilink,
que favorece o conforto.
O Bravo prefere apostar
em equipamentos inéditos
para a categoria. O GPS integrado ao toca-CDs, os faróis
de xenônio e os sensores de
estacionamento dianteiro e
traseiro são alguns deles.
Mas serão itens de série
apenas na versão topo de linha, a T-Jet, de R$ 67,7 mil,
que chega depois (possivelmente em fevereiro).
É a única que traz o motor
1.4 turbo a gasolina (152 cv)
do Punto apimentado. A diferença é que, no novo modelo,
vem acoplado a um câmbio
manual de seis marchas.
Com ele, o Bravo aguenta
mais 10% de torque, passando de 21 kgfm para 23 kgfm
-ímpeto de sedã Malibu 2.4.
OVERBOOSTER
Útil em ultrapassagens, a
força extra do Fiat é obtida
assim que o motorista aciona
a tecla Overbooster no painel, elevando a pressão da
turbina de 0,9 para 1,3 bar.
"Poderíamos manter o torque sempre no nível máximo, mas o botão aumenta a
interatividade do motorista
com o carro", diz Carlos Eugênio Dutra, diretor de produtos da Fiat.
Já a versão de entrada, a
Essence 1.8 E.torQ (132 cv),
que custa a partir de R$ 55,2
mil, é bem menos empolgante e recheada.
A direção direta, a excelente posição de dirigir e
os bancos exageradamente
duros, porém, até tentam
perpetuar a imagem de esportividade que a carroceria
tanto inspira.
Lançado há três anos na
Europa, o Bravo mantém linhas modernas e sensuais,
fazendo o Astra e o Golf parecerem da era paleolítica.
Mas o Bravo sabe que não
terá vida fácil. Tanto que a
Fiat estima vender 1.500 unidades por mês, a metade do
que emplaca o Hyundai i30,
atual líder da categoria.
"Mas miramos o Focus",
diz Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat. (FN)
O jornalista viajou a convite da Fiat, que
cedeu o Bravo para teste no autódromo
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