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Gol roda 1.119 km e é o único a chegar a Brasília
Fiesta faz 17,5 km por litro de gasolina, mas para a 55 km da capital federal
Hatch da Volkswagen atinge 20,3 km/l, o menor consumo em13 anos de história do teste Folha-Mauá
DO ENVIADO A BRASÍLIA
Com Uno, Clio e Celta fora
do desafio, sobra para Gol e
Fiesta a façanha de alcançar
1.000 km com um único tanque de gasolina.
O GPS, que registra 945 km
percorridos em 19 horas de
viagem, mantém aceso o ícone da xícara de café. É um
alerta para que o motorista
pare e faça uma pausa.
No painel do hatch da
Volks, a luz que chama a
atenção é a do marcador de
combustível, avisando que o
tanque já entrou na reserva.
Isso significa que não há
mais do que cinco litros.
Mas é o Fiesta que começa
a "soluçar" logo após a cidade de Luziânia (GO), distante
apenas 55 km de Brasília.
Como medida de segurança, seu motorista já encosta
na pista da direita da BR-050
e liga o pisca-alerta.
Imediatamente, o carro de
apoio cola na traseira do
Ford e faz o corta-luz até ele
parar completamente.
Os momentos de pane
seca são os mais tensos para
a equipe, pois, quando o
carro morre, os freios perdem
a eficiência e o sistema de direção pode travar.
Outra ameaça é a queima
da bomba de combustível e o
entupimento do sistema de
alimentação do motor.
Agora, sem o Fiesta pelo
caminho, o Gol ainda tem de
percorrer 55 km para chegar
a Brasília. Mal sabe ele que o
seu tanque (55 litros) é apenas um litro maior que o do
rival da Ford.
O tráfego intenso de caminhões atrapalha uma tocada
constante, e a velocidade de
cruzeiro passa a oscilar entre
60 km/h e 80 km/h -variações sempre interferem no
consumo.
"BEM-VINDO A BRASÍLIA"
Com a capital federal já
apontando, pequenina, lá no
horizonte, o motorista avisa
pelo rádio que o ponteiro do
marcador de combustível já
está no nível mínimo.
Nesse momento, sua atenção está entre o trânsito à
frente e o econômetro -medidor de consumo instantâneo localizado no centro do
velocímetro do Gol.
Pela escala, é possível
atingir até 30 km/l. O índice,
no entanto, só é alcançado
quando se pressiona pouco o
pedal do acelerador -tipo
"casquinha", como dizem os
instrutores de direção.
Parte da eficiência do VW,
no entanto, vem do bom escalonamento do câmbio de
cinco marchas e da carroceria leve -apenas 853 kg.
Enfim, a placa "bem-vindo a Brasília" avisa ao Gol
que a missão dos 1.000 km
havia sido cumprida. Mas o
teste não havia acabado.
Afinal, quanto ele ainda
conseguiria percorrer com
alguns litros de gasolina?
Ao entrar na avenida do
Congresso nacional, o VW
perdia rendimento.
Como lá as avenidas não
têm acostamento, o motorista reza para que o carro não
pare por pane seca.
No fim, o Golzinho ainda
tem disposição para rodar
119 km antes de parar e comemorar: é campeão!
(FELIPE NÓBREGA)
As montadoras cederam os carros para teste
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