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AOS TRANCOS E BARRANCOS
Polo é o melhor automatizado do país
No teste, hatch da Volks tem as trocas de marcha mais rápidas e causa menos desconforto
DA REPORTAGEM LOCAL
O que parece mais incoerente: um forno autolimpante que
deve ser lavado à mão todo dia
ou um câmbio automatizado
que só é um pouco mais confortável no modo manual?
Nos carros automatizados, os
taxistas aconselham aliviar o pé
do acelerador pouco antes da
troca de marcha para burlar a
eletrônica e eliminar os incômodos trancos.
Mas desembolsar R$ 42.580
por um Polo I-Motion pode ser
uma alternativa. No teste
Folha-Mauá de aceleração
longitudinal (medição da variação gravitacional entre as mudanças de marcha), a transmissão robotizada do Volks se
mostrou a menos arredia.
"Além de diminuir os "saltos"
entre as mudanças de marcha,
desenvolvemos um mapeamento abrangente que otimiza
a adaptação do carro a diversas
situações", explica José Loureiro, engenheiro da VW.
O Polo ainda oferece, por
R$ 470, "borboletas" atrás do
volante para a troca manual de
marchas. Algo para compensar
a falta de agilidade do motor 1.6
de até 103 cv (com álcool), o
mais fraco deste comparativo.
Já o Palio, além de exibir os
faróis de dupla parábola, se gaba de ter o software de gerenciamento do câmbio mais evoluído que o do precursor Stilo
Dualogic, hoje com 60% do
"mix" de vendas do modelo.
Querendo ou não, o upgrade no
sistema foi suficiente para superar a Meriva no teste.
O inusitado é que a Fiat
anuncia o Palio como o "automático" mais barato do mercado. Pela etimologia da palavra,
não deixa de ser. Dizer "automatizado" não pegaria bem.
E mesmo desembolsando inflados R$ 37.230 por ele, você
ainda precisa torcer para o
tempo não esquentar.
Não há ar-condicionado de
série -como opcional, custa
R$ 3.800. No total, beira o patamar de preço do Volks, que é
maior, mais bem acabado e, na
rua, ninguém o confunde com
um modelo "popular".
Pelo menos, na rodovia, o peso-pena do Fiat se aproveita
dos 114 cv do motor 1.8 -o
mesmo da Meriva- para virar
o capeta nas retomadas. A contrapartida aparece na conta do
posto. Bebe demais.
Costume
A Meriva também é beberrona e, neste comparativo dos
câmbios automatizados, teve o
pior desempenho nas trocas de
marcha. Ainda terá de lidar
com a concorrência da Idea,
que, a exemplo do Palio, acaba
de ganhar o sistema Dualogic.
Para Roberto Camargo, gerente de engenharia de produto
da Chevrolet, tudo é apenas
uma questão de adaptação do
consumidor à utilização da nova tecnologia.
"O estranhamento [em relação ao câmbio automatizado] é
porque a operação acontece independentemente da expectativa do motorista. Os trancos de
um modelo manual são maiores, mas as pessoas já se acostumaram a eles", argumenta Camargo.
(FELIPE NÓBREGA)
As montadoras cederam os carros para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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