São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2008

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peças & acessórios

Alarme não evita chave trancada

Sistema reativado automaticamente e desatenção do condutor o deixam "preso para fora"

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para oferecer segurança e praticidade, os alarmes incorporaram diversas funções, como trancar portas e fechar janelas. Uma pequena dose de desatenção, porém, pode tornar o carro tão seguro que nem o motorista conseguirá abri-lo se, ao bater a porta, a chave ficar do lado de dentro.
O advogado Renato Machado, 32, escapou por pouco. Ele deixou a chave no porta-malas de seu Peugeot 206 enquanto o descarregava. "Estava com pressa e bati a porta sem pegar [a chave], mas foi fácil acessar o bagageiro por dentro, pois uma das portas estava aberta."
"É um item de conforto abrir a tampa do porta-malas sem destrancar todo o veículo. Ao fechá-la, o alarme é reativado automaticamente. O usuário deve tomar o cuidado de não deixar a chave no interior", esclarece Alexandre Navarro, supervisor de engenharia de desenvolvimento eletrônico da Volkswagen.
O estudante Raphael Farias, 22, estacionou seu Volkswagen Fox para conversar com os amigos e acabou "preso do lado de fora". "As portas estavam fechadas, mas destravadas. Um amigo que ainda estava no banco traseiro resolveu descer, mas abaixou o pino. Todas as portas trancaram, e a chave estava no contato", conta ele, que precisou chamar um chaveiro -única solução possível diante de um incidente desses.
"A chave estar no contato não impede o travamento, uma vez que podemos estar dentro do veículo e manter as portas fechadas. Abaixar o pino resultará no travamento central [caso haja trava elétrica], mas não na ativação do alarme e, por conseqüência, no fechamento de todos os vidros", explica o supervisor.

Separação
Nos alarmes em que o comando está em um controle separado, a dica é andar sempre com ele e a chave juntos.
As versões em que o comando está integrado ao corpo da chave diminuem surpresas desagradáveis. Ainda que possa ser instalado depois, o sistema é mais comum nos carros que saem de fábrica com alarme e trava elétrica, como o Honda Civic. Segunda a montadora, "a possibilidade de travamento involuntário é remota".
A BMW e a Audi usam equipamento semelhante nos carros vendidos no Brasil. Em modelos como o Ford Fusion, onde há uma trava de combinação numérica na parte externa da porta, é possível fechar e abrir o carro sem as chaves.
Sistemas comuns no mercado, como o Cyber FX, da Pósitron, são reativados automaticamente caso o alarme seja desligado e o motorista não entre no carro.
"O alarme só não é reativado se a chave foi colocada no contato. Se o motorista esquecê-la no banco, por exemplo, o carro trancará", explica o técnico em eletrônica Paulo Sérgio Rodrigues, da Auto Center Imigrantes. (RICARDO RIBEIRO)


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