São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Das 98 estreias, só Fiat Bravo é nacional

Dólar baixo atrai importados como Jetta, Fluence e Peugeot 408, que chegam em 2011 para brigar com Corolla

Única que planeja produzir veículo de luxo no país, a Hyundai investe US$ 250 mi para fazer ix35 "flex" em GO

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

Recém-promovido a quarto maior mercado automotivo do mundo, o Brasil reflete, na 26ª edição do Salão de São Paulo, o otimismo das montadoras locais.
São 42 fabricantes expondo 98 modelos inéditos -incluindo reestilizações. Um recorde que marca a edição de 50 anos da mostra.
A valorização do real em relação ao dólar, porém, parece desestimular estreias nacionais. O Fiat Bravo é o único lançamento que realmente será feito no Brasil.
O hatch, que traz sensor de estacionamento também na dianteira e GPS no painel, chega no fim de novembro mirando principalmente o Ford Focus (R$ 55 mil).
No segmento dos sedãs médios, as principais novidades são os argentinos Peugeot 408 e Renault Fluence, cuja missão é a de apagar o fracasso dos respectivos antecessores, 307 e Mégane.
Os dois debutantes chegam em fevereiro, junto com a sexta geração do Volkswagen Jetta mexicano, outro com porta-malas saliente na faixa de R$ 65 mil a R$ 95 mil.
A diferença é que o motor 2.0 do VW é turbo. Nos planos da marca há ainda uma versão sem turbo e menos sofisticada para tentar incomodar o líder Corolla.

ix35 NACIONAL
Sem a isenção do Imposto de Importação concedido aos carros fabricados no Mercosul e no México, os modelos sul-coreanos contam apenas com o câmbio favorável.
O suficiente para que marcas como a Hyundai e a Kia apresentem oito modelos inéditos no salão. É mais do que Ford, Fiat e GM juntas -as três "grandes" priorizam os "populares" e dominam 50% do mercado, dez vezes mais do que os sul-coreanos.
A Hyundai, entretanto, teme uma possível valorização futura do real frente ao dólar.
"Investiremos US$ 250 milhões para produzir, a partir de 2011, o utilitário ix35 "flex" em Goiás", adianta à Folha Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente do grupo Caoa, que hoje já monta o Tucson em Anápolis (GO).
A Kia não confirmou uma fábrica no Brasil, mas foi a montadora com o maior número de lançamentos no Anhembi. São seis, em diferentes segmentos, como os sedãs Cadenza e Optima, o cupê Koup, o hatch Cerato, o utilitário Sportage e a minivan Soul "flex". Há também um Mohave que virá robô.


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