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COBAIA [experiências e testes de consumidores]
TOTALMENTE PILHADAS
A Pro Teste comparou o desempenho de seis marcas de pilhas recarregáveis e seus carregadores
DA REDAÇÃO
A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) testou pilhas AA recarregáveis e carregadores de seis fabricantes: Sony, Colorkit, Samsung, Bright, Elgin e Multilaser.
A melhor avaliação foi da Sony,
que teve o melhor desempenho
em relação à duração da carga,
resistência à descarga, homogeneidade na qualidade das pilhas e carregador seguro.
Além da Sony, as pilhas da
Samsung também se sairam
bem em relação à duração da
carga. Ambas resistiram quase
16 horas em câmera digital sem
uso do flash. Já quando se usa o
flash, as melhores resistem
pouco mais de seis horas, e as
piores, quatro. Se usadas para
filmar, elas agüentam apenas
por duas horas.
Quando há sobrecarga -você
esquece as pilhas no carregador
mais tempo que deveria- um
produto teve perda significativa: a Elgin (cerca de 50 minutos). Já a chamada carga reversa -quando se coloca as pilhas
em posição invertida no carregador- prejudicou as pilhas
Samsung, que perderam quase
uma hora e meia de capacidade.
O teste também mediu o desempenho da pilha em repouso. Essa avaliação foi feita em
duas temperaturas ambientes:
23C e 35C. Após 30 dias sem
uso a 23C, todas as pilhas tiveram um desempenho aceitável.
Já a 35C, pelo mesmo período,
todas perderam capacidade,
mas quem se saiu melhor foi a
Elgin (quase duas horas).
Um dos mitos derrubados
pelo teste foi o de que os produtos sofrem perda de capacidade
após muitas recargas. É fato
que as pilhas recarregáveis têm
vida útil limitada, mas após 200
recargas -uma boa média de
uso-, só duas tiveram a capacidade reduzida: a Samsung
(quase duas horas) e a Sony
(quase uma). Outra característica revelada foi que, diferentemente das pilhas comuns, as
recarregáveis não perdem a
força aos poucos, mas param de
repente.
O teste mostrou ainda que a
qualidade entre pilhas da mesma marca nem sempre é homogênea. Nesse quesito, a Sony se
saiu melhor. No caso da Elgin, o
consumidor precisa contar
com a sorte, pois há diferenças
consideráveis no desempenho
de kits distintos.
No teste dos carregadores, se
viu que há informações erradas
quanto ao tempo de recarga. O
aparelho da Bright levou quatro horas e meia a menos que o
tempo declarado, e o da Elgin,
duas horas a mais. Embora no
caso do Bright o erro pareça beneficiar o consumidor, a diferença submete a pilha à sobrecarga a cada renovação de energia -e mostra que o fabricante
não conhece seu produto.
A avaliação revelou também
que metade dos carregadores
oferece riscos aos usuários.
Três produtos foram eliminados por não terem nenhum tipo
de proteção contra choques:
Multilaser, Bright e Elgin.
O estudo concluiu que o uso
de pilhas recarregáveis é bem
econômico. Um jogo de pilhas
comuns custa cerca de R$ 10
-valor que multiplicado por
200 (número de vezes que as
pilhas foram recarregadas sem
apresentar perda de qualidade
expressiva) é bem superior ao
que se gasta comprando um kit
de carregador e pilhas, somado
ao custo da energia usada.
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