São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008

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COBAIA [experiências e testes de consumidores]

TOTALMENTE PILHADAS

A Pro Teste comparou o desempenho de seis marcas de pilhas recarregáveis e seus carregadores

DA REDAÇÃO

A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) testou pilhas AA recarregáveis e carregadores de seis fabricantes: Sony, Colorkit, Samsung, Bright, Elgin e Multilaser.
A melhor avaliação foi da Sony, que teve o melhor desempenho em relação à duração da carga, resistência à descarga, homogeneidade na qualidade das pilhas e carregador seguro.
Além da Sony, as pilhas da Samsung também se sairam bem em relação à duração da carga. Ambas resistiram quase 16 horas em câmera digital sem uso do flash. Já quando se usa o flash, as melhores resistem pouco mais de seis horas, e as piores, quatro. Se usadas para filmar, elas agüentam apenas por duas horas.
Quando há sobrecarga -você esquece as pilhas no carregador mais tempo que deveria- um produto teve perda significativa: a Elgin (cerca de 50 minutos). Já a chamada carga reversa -quando se coloca as pilhas em posição invertida no carregador- prejudicou as pilhas Samsung, que perderam quase uma hora e meia de capacidade.
O teste também mediu o desempenho da pilha em repouso. Essa avaliação foi feita em duas temperaturas ambientes: 23C e 35C. Após 30 dias sem uso a 23C, todas as pilhas tiveram um desempenho aceitável. Já a 35C, pelo mesmo período, todas perderam capacidade, mas quem se saiu melhor foi a Elgin (quase duas horas).
Um dos mitos derrubados pelo teste foi o de que os produtos sofrem perda de capacidade após muitas recargas. É fato que as pilhas recarregáveis têm vida útil limitada, mas após 200 recargas -uma boa média de uso-, só duas tiveram a capacidade reduzida: a Samsung (quase duas horas) e a Sony (quase uma). Outra característica revelada foi que, diferentemente das pilhas comuns, as recarregáveis não perdem a força aos poucos, mas param de repente.
O teste mostrou ainda que a qualidade entre pilhas da mesma marca nem sempre é homogênea. Nesse quesito, a Sony se saiu melhor. No caso da Elgin, o consumidor precisa contar com a sorte, pois há diferenças consideráveis no desempenho de kits distintos.
No teste dos carregadores, se viu que há informações erradas quanto ao tempo de recarga. O aparelho da Bright levou quatro horas e meia a menos que o tempo declarado, e o da Elgin, duas horas a mais. Embora no caso do Bright o erro pareça beneficiar o consumidor, a diferença submete a pilha à sobrecarga a cada renovação de energia -e mostra que o fabricante não conhece seu produto.
A avaliação revelou também que metade dos carregadores oferece riscos aos usuários. Três produtos foram eliminados por não terem nenhum tipo de proteção contra choques: Multilaser, Bright e Elgin.
O estudo concluiu que o uso de pilhas recarregáveis é bem econômico. Um jogo de pilhas comuns custa cerca de R$ 10 -valor que multiplicado por 200 (número de vezes que as pilhas foram recarregadas sem apresentar perda de qualidade expressiva) é bem superior ao que se gasta comprando um kit de carregador e pilhas, somado ao custo da energia usada.


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