|
Próximo Texto | Índice
CAPA/PRESENTES QUE DÃO CRIA
TAL MAMÃE, TAL FILHINHA
Esta seleção de presentes dois em um é inspirada em grifes femininas que fazem também linhas infantis com o cuidado de respeitar as diferenças
Omar Bergea
|
|
A estilista Paula Ferrali, 34, com as filhas Micaela, 5, e Martina, 1 ano e 10 meses
DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Linhas infantis de marcas
"fashion" ganharam a consumidora brasileira. Neste mês, a
carioca Maria Filó lançou a Maria Filozinha, com edição limitada para o Dia das Mães.
A grifezinha pioneira foi a
Ronaldo Fraga para Filhotes,
do estilista Ronaldo Fraga,
criada em 2002 e seguida por
Maria Bonitinha (Maria Bonita
Extra), Fit Nina (Fit), Boobooska (Adriana Barra) e outras.
No exterior, a peruagem das
pequenas é antiga. A Baby Dior
foi criada em 1967; a Kenzo faz
roupas infantis desde 1997.
Durante um tempo, no Brasil, tudo o que esbarrasse na
"adultização de crianças" tinha
cunho pejorativo, lembra João
Braga, professor de história da
moda da FAAP. "A demora para
isso ter chegado aqui tem a ver
com a visão negativa sobre o estímulo à precocidade infantil,
que era difundido por apresentadoras de TV e dançarinas, nos
anos 80 e 90."
Hoje, a maioria das marcas
infantis que é cria de grifes
adultas faz modelagens próprias para crianças. O efeito
"par de vasos" acontece porque
são usados os mesmos tecidos
tanto na coleção de mamãe
quanto na coleção de filhinha.
Mas necessidades dos pequenos são respeitadas. "Funciona
para chuchu. É tudo adaptado,
mais larguinho. A menina não
fica parecendo mulherzinha",
defende Costanza Pascolato,
consultora de moda.
Isabela Capeto passou a desenhar também para garotinhas, mas não faz miniaturas
de seus vestidos. "Criança tem
que ter cara de criança."
Próximo Texto: Sacolinha Índice
|