São Paulo, sábado, 02 de maio de 2009

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CAPA/PRESENTES QUE DÃO CRIA

TAL MAMÃE, TAL FILHINHA

Esta seleção de presentes dois em um é inspirada em grifes femininas que fazem também linhas infantis com o cuidado de respeitar as diferenças

Omar Bergea
A estilista Paula Ferrali, 34, com as filhas Micaela, 5, e Martina, 1 ano e 10 meses

DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Linhas infantis de marcas "fashion" ganharam a consumidora brasileira. Neste mês, a carioca Maria Filó lançou a Maria Filozinha, com edição limitada para o Dia das Mães.
A grifezinha pioneira foi a Ronaldo Fraga para Filhotes, do estilista Ronaldo Fraga, criada em 2002 e seguida por Maria Bonitinha (Maria Bonita Extra), Fit Nina (Fit), Boobooska (Adriana Barra) e outras.
No exterior, a peruagem das pequenas é antiga. A Baby Dior foi criada em 1967; a Kenzo faz roupas infantis desde 1997.
Durante um tempo, no Brasil, tudo o que esbarrasse na "adultização de crianças" tinha cunho pejorativo, lembra João Braga, professor de história da moda da FAAP. "A demora para isso ter chegado aqui tem a ver com a visão negativa sobre o estímulo à precocidade infantil, que era difundido por apresentadoras de TV e dançarinas, nos anos 80 e 90."
Hoje, a maioria das marcas infantis que é cria de grifes adultas faz modelagens próprias para crianças. O efeito "par de vasos" acontece porque são usados os mesmos tecidos tanto na coleção de mamãe quanto na coleção de filhinha.
Mas necessidades dos pequenos são respeitadas. "Funciona para chuchu. É tudo adaptado, mais larguinho. A menina não fica parecendo mulherzinha", defende Costanza Pascolato, consultora de moda.
Isabela Capeto passou a desenhar também para garotinhas, mas não faz miniaturas de seus vestidos. "Criança tem que ter cara de criança."


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