Sem vendedoras invasivas, nova loja permite que a freguesa busque sua lingerie a vontade

Douglas Garcia/Divulgação

A Loungerie, que estreou no shopping da Vila Olímpia, recém-aberto em São Paulo

TETÉ MARTINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Loungerie, como o excelente nome diz, é uma loja de lingerie equipada com um sofazão de boate que dá à antessala das cabines um clima relax. A programação visual, em preto e rosa, é bacana; o uniforme das moças, com camisetas arrematadas por ligas, divertido; e o layout copia a Victoria's Secret até a última pilha de calcinhas arranjadas sobre o balcão.
A promessa é oferecer estilo, 19 tamanhos de lingerie e vendedoras treinadas para informar, mas deixar as clientes procurarem suas peças à vontade. Aleluia, irmãs. Algum deus intercedeu em nosso favor frente às vendedoras invasivas, aos fabricantes sem imaginação e aos problemas técnicos que acometem as mulheres grandes de peito pequeno ou vice-versa.
A roupa íntima da marca é um sucesso de bom gosto: cores espertas, transparências e rendas combinadas na medida e detalhes necessários, como alças de sutiã de cetim que não fazem feio se vierem a aparecer, o que sói acontecer. Ainda tem camisolas-camisetas de malha canelada ou bem molinha, velas perfumadas e preços não muito diferentes das melhores marcas "normais".
O milagre da multiplicação dos tamanhos se deve ao fato de cada manequim oferecer até três opções de taça. Isso aumenta as chances de achar um modelo que se ajuste igualmente bem ao peito, tórax e ombro.
Por outro lado, quem literalmente "escapa" da maior taça disponível, a C, acaba tendo que pular, como sempre, para manequins maiores. Entre esses, os modelos são mais desconfortáveis. Sutiãs 46 ou 48C não podiam ter alça estreita, que tende a cravar na pele o peso do peito. No quesito artefatos tecnológicos, sexy e confortáveis de conter, precisam copiar a Victoria's Secret melhor.