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UM ANO DE LEI DO SAC
Melhorou, mas pouco
Atendimento ficou mais rápido, só que ainda nãoresolve os problemas
DA REPORTAGEM LOCAL
A lei que regulamenta os
SACs completou um ano nesta
semana e, ainda, muitas empresas não cumprem as regras.
O acesso aos atendentes até
melhorou, mas os problemas
não são solucionados por meio
dos contatos telefônicos.
Segundo o Procon-SP, desde
que o decreto entrou em vigor,
foram registradas 7.335 queixas sobre SACs.
O Idec (Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor) vem
testando os SACs de empresas
de telefonia fixa, móvel e de
bancos desde o início do ano.
Segundo Estela Guerrini, advogada do Idec, há problemas
recorrentes no atendimento.
Além dos setores que tiveram que se adequar às regras
publicadas há um ano, o Idec
testou também SACs de empresas que não estão sujeitas ao
decreto. O resultado foi positivo no caso das indústrias de alimentos. O tempo de espera foi
curto e muitas das empresas
nem têm menu eletrônico. As
ligações são atendidas por pessoas diretamente. "Ainda há falhas no preparo dos atendentes. Algumas perguntas não
eram respondidas imediatamente. Mas muitos retornaram
a ligação, coisa que nunca aconteceria na telefonia", diz Estela.
As centrais de atendimento
dos fabricantes de eletroeletrônicos não foram bem avaliadas.
"Não há número de protocolo,
não enviam histórico das gravações e há dificuldade de
achar o número do SAC no site
das empresas. Só em 6 das 18
testadas havia a opção de falar
com atendente no primeiro
menu", afirma.
Para Roberto Meir, presidente da Abrarec (entidade que representa as empresas reguladas pela lei do SAC), o consumidor tem as novas regras como
referência, mesmo quando liga
para fabricantes de eletroeletrônicos ou de alimentos. "A
empresa que é cidadã já se adequou à lei. Os fabricantes de celular estão no topo das reclamações. Se não melhorarem
por iniciativa própria, o próximo passo é regulamentar também", diz Meir.
Ele afirma que, por outro lado, já houve avanços significativos. "Antes, a pessoa esperava
40 minutos até falar com alguém. Agora, leva 2 ou 3 minutos, mas ainda não resolve o
problema. Mas já é uma vitória", diz Meir.
(DÉBORA MISMETTI E MALU TOLEDO)
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