São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

UM ANO DE LEI DO SAC

Melhorou, mas pouco

Atendimento ficou mais rápido, só que ainda nãoresolve os problemas

DA REPORTAGEM LOCAL

A lei que regulamenta os SACs completou um ano nesta semana e, ainda, muitas empresas não cumprem as regras.
O acesso aos atendentes até melhorou, mas os problemas não são solucionados por meio dos contatos telefônicos.
Segundo o Procon-SP, desde que o decreto entrou em vigor, foram registradas 7.335 queixas sobre SACs.
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) vem testando os SACs de empresas de telefonia fixa, móvel e de bancos desde o início do ano.
Segundo Estela Guerrini, advogada do Idec, há problemas recorrentes no atendimento.
Além dos setores que tiveram que se adequar às regras publicadas há um ano, o Idec testou também SACs de empresas que não estão sujeitas ao decreto. O resultado foi positivo no caso das indústrias de alimentos. O tempo de espera foi curto e muitas das empresas nem têm menu eletrônico. As ligações são atendidas por pessoas diretamente. "Ainda há falhas no preparo dos atendentes. Algumas perguntas não eram respondidas imediatamente. Mas muitos retornaram a ligação, coisa que nunca aconteceria na telefonia", diz Estela.
As centrais de atendimento dos fabricantes de eletroeletrônicos não foram bem avaliadas. "Não há número de protocolo, não enviam histórico das gravações e há dificuldade de achar o número do SAC no site das empresas. Só em 6 das 18 testadas havia a opção de falar com atendente no primeiro menu", afirma.
Para Roberto Meir, presidente da Abrarec (entidade que representa as empresas reguladas pela lei do SAC), o consumidor tem as novas regras como referência, mesmo quando liga para fabricantes de eletroeletrônicos ou de alimentos. "A empresa que é cidadã já se adequou à lei. Os fabricantes de celular estão no topo das reclamações. Se não melhorarem por iniciativa própria, o próximo passo é regulamentar também", diz Meir.
Ele afirma que, por outro lado, já houve avanços significativos. "Antes, a pessoa esperava 40 minutos até falar com alguém. Agora, leva 2 ou 3 minutos, mas ainda não resolve o problema. Mas já é uma vitória", diz Meir.
(DÉBORA MISMETTI E MALU TOLEDO)


Texto Anterior: Crítica de loja [questão de gosto e opinião]: Aleluia, irmãs! Acabou o desconforto
Próximo Texto: Maria Inês Dolci [defesa do consumidor]: O que fazem com nosso dinheiro?
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.