DA REDAÇÃO

Um bom pontapé inicial para quem está de olho no mundo das artes é aderir a um clube de colecionadores com curadoria de museu. Os clubes do MAM oferecem esse serviço.
Em São Paulo, pode-se optar pelo clube de gravura, fundado em 1986, ou pelo de fotografia, criado em 2000. Cada um com cinco artistas participantes a cada ano. A adesão ao clube de gravura custa R$ 3.000 e ao de fotografia, R$ 2.500. Os valores podem ser parcelados em até dez vezes e dão direito a cinco gravuras ou fotos e benefícios como entrada gratuita no museu e aulas de história da arte.
Nesta edição do clube de gravura participam os artistas Judith Lauand, Nicolás Robbio, Efrain Almeida, Paulo Bruscky e Ricardo Bausbaum. No de fotografia, as obras são de Luiz Braga, Guilherme Maranhão, Pedro Motta, Cia. de Foto e Cao Guimarães. A edição é de cem obras em cada um, assinadas, numeradas e certificadas.
"A idéia é incentivar o colecionismo e, com o dinheiro, ajudar na manutenção do museu. A coleção é pensada por curadores de arte contemporânea e conta com artistas de projeção", diz Fátima Pinheiro, coordenadora. Já participaram artistas como Athos Bulcão, Marepe e Beatriz Milhazes. A gravura dessa última, da coleção de 98, é avaliada hoje em R$ 20 mil, segundo Fátima.
O clube de colecionadores do MAM do Rio não trabalha com um tipo específico de suporte para a arte e não tem periodicidade anual como o de São Paulo. Em sua terceira edição, oferece a quem aderir: uma serigrafia, três fotos e uma impressão. Os trabalhos são de José Bechara, Ivan Cardoso, Vicente de Mello, Luiz Alphonsus e Paula Trope. A tiragem é de cem para cada artista e a adesão de R$ 2.500 pode ser paga em oito vezes. "A idéia é auxiliar quem quer começar a comprar arte, pois os preços são bem inferiores aos praticados", diz Carla Marins, responsável pelo clube.
Tanto no clube de São Paulo como no do Rio, uma obra de cada artista vai para o museu.