Claudia Veit-Landmann, 31,
publicitária, São Paulo, SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Jogar o lixo direto em compartimentos maiores é a sugestão de Irineu Damaio, 45, educador ambiental da WWF. "O correto é não ter plástico nenhum, mas isso não dá. Então tente usar os sacos plásticos o mínimo possível", diz.
Na verdade, é preciso aceitar que não dá para ficar completamente livre dos sacos plásticos de uma hora para a outra, mas, em muitos casos, dá para dispensá-los. "Quando você está na rua e decide comprar em pequena quantidade, você aceita o saco plástico, que pode servir depois para guardar o lixo. Nas grandes compras, dá pra evitá-lo e usar a sacola durável", explica Gustavo Varonesi, 29, educador ambiental da SOS Mata Atlântica.
Para Hélio Mattar, 60, diretor-presidente do Instituto Akatu, o melhor seria usar materiais biodegradáveis, como caixas de papelão ou sacos de papel mais grossos, para receber o lixo. Apesar de a disponibilidade desses sacos ainda ser muito pequena, ele acredita no poder do consumidor. "A demanda vai criar a oferta", afirma Mattar.
A recomendação dos ambientalistas é usar sacolas reutilizáveis ou carrinhos de feira para levar as compras, sempre que possível. O saco de supermercado não é o mais adequado para guardar o lixo, como lembra Hélio Neves, 49, chefe de gabinete da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. Além disso, o saco plástico leva até cem anos para se decompor e dificulta a degradação do que ele armazena.
Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. A melhor resposta à questão está nos quatro erres do consumo consciente. Para os ambientalistas, a substituição dos sacos plásticos pode ser um ponto de partida em direção a mudanças mais profundas nos hábitos de consumo das pessoas. (CA)


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