DA REPORTAGEM LOCAL

A cremação tem vantagens do ponto de vista sanitário.
"Quando enterramos há putrefação. A chance de vírus e bactérias chegarem a aqüíferos é pequena, mas há", diz Uriel Duarte, professor de geologia ambiental e recursos hídricos da USP.
Mas a cremação não é isenta de impactos. "Há liberação irrisória de CO2 e gasto de energia", diz Gerson Cardoso, professor do departamento de geologia da UFRJ. Ainda assim, para ele, a queima é menos prejudicial.
Tanto os cemitérios quanto os crematórios têm que seguir normas técnicas ambientais do Conama e da Cetesb.
Os cemitérios devem manter uma distância mínima entre a base dos túmulos e o lençol freático. Já os fornos dos crematórios devem ter duas câmaras para fazer uma queima mais completa possível do corpo e dos gases resultantes do processo.
"É possível minimizar o impacto das duas formas se as regras forem seguidas", diz Ana Cláudia Tartalia, gerente da Cetesb. (CYRUS AFSHAR)