DA REPORTAGEM LOCAL

Lareiras que queimam combustíveis de origem renovável são sempre melhores do que as que usam recursos fósseis, segundo Francisco Maciel, presidente da Iniciativa Verde, organização que faz projetos de compensação de emissões de carbono. Por isso, as lareiras a gás natural são menos recomendadas do que as convencionais.
Mas quem opta pelo modelo tradicional deve ter cuidado na hora de comprar lenha. É preciso checar se a madeira é certificada com selo FSC (Forest Stewardship Council), que atesta um plano de manejo sustentável em florestas plantadas para abate e inclui o cumprimento da legislação ambiental básica, segundo Maciel.
Uma opção à madeira são os briquetes, toras feitas de material que sobra de serrarias ou de bagaço de cana. Nesse caso, também é preciso ter cuidado com o fornecedor, porque alguns misturam restos de compensado no briquete, o que resulta em gases tóxicos na hora da queima, segundo Márcio Augusto Araújo, consultor do Idhea (Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica).
Existe também uma alternativa introduzida neste ano no mercado brasileiro: as lareiras de biocombustível. Segundo a sócia da EcoFireplaces Rossana Nogueira, o produto importado da Finlândia usa um combustível semelhante ao etanol, fornecido por uma empresa brasileira, modificado para produzir uma chama amarela. Cada litro do etanol pode queimar por até cinco horas, segundo Rossana.
O presidente da Iniciativa Verde diz que o etanol é vantajoso por ter maior poder de produzir calor do que a madeira, mas só deve ser usado se o produtor comprovar que respeita as leis ambientais.


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