São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2008

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Não vale perder a cabeça

DÉBORA MISMETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A guerra das porcentagens começou. Nas vitrines, faixas anunciam descontos de até 70%. Os shoppings não entraram oficialmente na queima. "Como o Natal foi muito bom, tem pouca coisa para liquidar", diz o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, Nabil Sahyoun, 57. Mesmo assim, não faltam liquidações, dentro ou fora dos shoppings. "Quando a concorrência faz, todo mundo vai atrás", diz Sahyoun. Mas é preciso cuidado com a publicidade das liquidações. O desconto anunciado nunca vale para tudo o que está na loja, lembra Claudia Almeida, 32, advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)."Se o consumidor recebeu panfleto da promoção, deve guardar e levar para a loja. Assim pode exigir o cumprimento da oferta", diz. "Bens de consumo não devem ser comprados só porque estão baratos", diz Rafael Paschoarelli, 33, doutor em finanças pela USP e autor do livro "Como Comprar Mais Gastando Menos" (Editora Siciliano, R$ 16, 96 págs.). "Se compro um DVD 50% mais barato, mas não preciso dele, não tive ganho nenhum", exemplifica. Para ele, é preciso planejar a compra e evitar o impulso. "O vendedor tem técnica, mas o consumidor não tem técnica para comprar. Fica desarmado", diz. Monitorar preços é a melhor estratégia para encontrar boas ofertas, segundo o consultor. "Isso elimina o impulso e evita a compra "pela metade do dobro" do preço".


Colaboraram CYRUS AFSHAR , da Reportagem Local, e LIGIA MESQUITA , da Redação


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