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Não vale perder a cabeça
DÉBORA MISMETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A guerra das porcentagens
começou. Nas vitrines, faixas
anunciam descontos de até
70%. Os shoppings não entraram oficialmente na queima.
"Como o Natal foi muito bom,
tem pouca coisa para liquidar",
diz o presidente da Associação
Brasileira de Lojistas de Shopping, Nabil Sahyoun, 57.
Mesmo assim, não faltam liquidações, dentro ou fora dos
shoppings. "Quando a concorrência faz, todo mundo vai
atrás", diz Sahyoun.
Mas é preciso cuidado com a
publicidade das liquidações. O
desconto anunciado nunca vale
para tudo o que está na loja,
lembra Claudia Almeida, 32,
advogada do Idec (Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor)."Se o consumidor recebeu panfleto da promoção, deve guardar e levar para a loja.
Assim pode exigir o cumprimento da oferta", diz.
"Bens de consumo não devem ser comprados só porque
estão baratos", diz Rafael Paschoarelli, 33, doutor em finanças pela USP e autor do livro
"Como Comprar Mais Gastando Menos" (Editora Siciliano,
R$ 16, 96 págs.). "Se compro um
DVD 50% mais barato, mas não
preciso dele, não tive ganho nenhum", exemplifica. Para ele, é
preciso planejar a compra e evitar o impulso. "O vendedor tem
técnica, mas o consumidor não
tem técnica para comprar. Fica
desarmado", diz.
Monitorar preços é a melhor
estratégia para encontrar boas
ofertas, segundo o consultor.
"Isso elimina o impulso e evita
a compra "pela metade do dobro" do preço".
Colaboraram CYRUS AFSHAR , da Reportagem
Local, e LIGIA MESQUITA , da Redação
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