|
Texto Anterior | Índice
DÚVIDAS ÉTICAS
[mande sua pergunta para paraduvidaseticas@folhasp.com.br]
Como descartar chapas de radiografia?*
CYRUS AFSHAR
DA REPORTAGEM LOCAL
O melhor destino é a reciclagem. As chapas de raio-X contêm metais pesados e, portanto, não devem ser jogadas com
o lixo comum. "Se for incinerado, há o risco de o metal pesado
se precipitar, mas se for para
aterros, não tem risco nenhum", diz Luis Carlos Silva,
58, médico da equipe de resíduos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ele
diz que não é perigoso manter
radiografias em casa e, em certos casos, é até recomendável
arquivá-las por alguns anos.
Esse material tem um bom
valor de mercado e pode ser
matéria-prima para a confecção de jóias. As películas planas
comuns valem R$ 1,50 o quilo.
"A chapa tem sais de prata, e
existem técnicas para o seu
aproveitamento", diz Márcia
Morel, 54, bióloga da Divisão
Técnica de Incineração e Transbordo da Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana).
Em São Paulo, as mesmas empresas que recolhem as chapas
em hospitais também recebem
de indivíduos. A Reprata Ambiental, por exemplo, recebe
chapas avulsas até pelo correio.
Pessoas físicas podem entregar o
material à empresa Refina Metalquímica, sem custos. A Serpuhi Hessesian recolhe em domicílio o mínimo de cinco quilos,
mas não aceita receber as chapas
na empresa.
"Depois de a chapa sofrer processos químicos pesados, a prata
é aproveitada para fazer jóias. O
plástico azulado que sobra, de alta qualidade, é usado pela indústria de embalagens. Aí, fecha-se
o ciclo", diz Márcia.
As cooperativas de coleta seletiva, em geral, também recolhem as películas para a revenda,
junto com o lixo reciclável. O
consumidor só deve tomar o cuidado de protegê-las, com um envelope, por exemplo, para evitar
que sejam danificadas.
Cooperativas de coleta de SP,
http://tinyurl.com/6dqpm6
Reprata Ambiental,
r. Água Santa, 127, Alto da Mooca, tel.
(11) 2606-9966, São Paulo
Refina Metalquímica,
r. Itaguara, 274, Jabaquara, tel. (11)
5588-0766, São Paulo
Serpuhi Hessesian, tel. (11) 3858-3138 e
(11) 9957-5730, São Paulo
*pedido do leitor
Pergunta enviada por Sonia Hespanhol, de São Paulo, SP
Texto Anterior: Crítica de loja: Mais inovações tecnológicas por menos Índice
|