Megaloja esportiva tem boa seleção de itens "high-tech" para quem prefere praticar atividades físicas fora da academia

É um alívio: ali, a mistura de esporte, prazer e ar livre tem mais prestígio que extensor para glúteos

TETÉ MARTINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como o Carrefour e a Leroy Merlin, suas conterrâneas, a Decathlon faz a linha loja-programa: é gigante, fica longe e abre todos os dias, mesmo domingos e feriados, em horários amigos. A quem empreende a viagem até seu mais novo endereço na cidade, na rodovia Raposo Tavares, a rede francesa recompensa com uma sessão consumo de respeito. Vende 15 mil artigos esportivos, destinados não apenas ao atleta certificado, mas também ao iniciante, ao praticante ocasional e àquele cara-de-pau para quem comprar roupas esportivas não deixa de ser um movimento.
Animada por barracas, caiaques e pranchas coloridos, a cena inicial já entrega a bem-vinda preferência da loja pelas modalidades que envolvem natureza e aventura. Nos espaços mais nobres, ficam as alegres seções de montanhismo, camping, ciclismo, patins, caça, pesca, surfe, corrida, mergulho, vela, golfe. No fundo, setores como boxe e academia. É um alívio descobrir que, em algum lugar, a mistura utópica de esporte, prazer e ar livre goze de mais prestígio que extensores para glúteos.
Apesar de atirar para tanto lado, a loja não faz feio em variedade; no setor de ciclismo, por exemplo, vende de buzinas divertidas a modelos de competição, além de acessórios como algibeiras, mochilas-tanque e luzes de segurança. Se algo falta, em comparação às lojas especializadas, também crescem as chances de fazer achados em lugares onde jamais se iria. Como a jaqueta impermeável vermelha do setor Vela (R$ 99), que vai muito bem "em terra", ou a jeitosa pólo ajustada de golfe (R$ 39).
Além de ter o hábito adorável de oferecer uma promoção por gôndola, a loja acumula o mérito de manter o grosso da oferta na faixa do acessível. Tem barracas para dois por R$ 99, sacos de dormir por R$ 79 e jaquetas impermeáveis por até R$ 179.
Também contribui para democratizar tecnologias esportivas utilíssimas, sobretudo nas linhas que fabrica, como Quechua e Domyos.
De corte e cores básicos, elas oferecem, no lugar de uma logomarca de "valor", preços altamente competitivos. O casaco de polar, fibra inteligente que bloqueia o frio e "seca" o suor, custa R$ 50. Não é à toa que está virando hit.