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IDEIAS RECICLADAS
Conheça as opções para evitar o "pinheiricídio"
Árvore costuma ir para o lixo depois da festa, diz paisagista; veja espécies que também podem ser usadas e duram muito mais
KIKE MARTINS DA COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A árvore de Natal representa
a vida, a ligação entre o Céu e a
Terra, a renovação da esperança. Mas será que, nestes tempos
em que preservação do ambiente é palavra de ordem, vale
a pena tirar um pinheirinho da
floresta só para decorar a sala
na época da festa?
"O pior é que, quando chega o
Dia de Reis, no início de janeiro, a grande maioria dos pinheiros vai parar no lixo ou na rua,
como sucata", diz o agrônomo e
paisagista Marcelo Faisal.
Como as árvores sintéticas
não agradam a todo mundo, e
também não são lá a alternativa
mais correta (leia texto ao lado), vêm surgindo opções para
evitar o "pinheiricídio".
Galhos secos
A florista Helena Lunardelli,
que tem um ateliê de arranjos e
decoração no bairro paulistano
de Pinheiros (onde, ironicamente, quase todas as árvores
dessa espécie foram exterminadas nas últimas décadas),
adota outras variedades de
plantas para a decoração de Natal.
"O uso de pinheirinhos é
uma tradição importada dos
países do hemisfério Norte e
não tem nada a ver com a nossa
cultura", diz.
Ela prefere dar
novo uso a plantas que morreram naturalmente, já secas,
mas que mantêm sua estrutura
de galhos e ramos. "Para que fiquem mais interessantes, pinto-as de branco ou dourado",
conta. Jabuticabeiras e fícus estão entre as suas preferidas para a decoração de fim de ano.
O paisagista Marcelo Faisal,
dono de um viveiro na zona
oeste, sugere grumixamas,
criptomérias, kaizukas, buxinhos, tuias e camélias, que resistem melhor do que os pinheiros e se integram bem à decoração das casas nos demais
meses do ano, não só nas festas.
Quem não abre mão da tradição pode encontrar pinheirinhos de 1,5 metro na Ceagesp,
nas manhãs de terça e sexta-feira, por R$ 35.
Já na Floricultura Glorinha,
que fica no bairro Cidade Jardim, um pinheiro de três metros custa cerca de R$ 900.
Veja ao lado outras espécies
para usar como árvore de Natal,
e onde comprá-las.
Criptoméria
Também chamada de cedro do Japão, essa é uma variedade de pinheirinho que tem ramos e folhas irregulares e rarefeitas. Cresce
rápido. Nas floriculturas da av. Doutor Arnaldo, um exemplar com altura entre 1,5 m e 2 m custa cerca de R$ 100.
Camélia
Arbusto com formato piramidal, o pé de camélia se presta à montagem de árvores de Natal e ornamenta a casa em outras épocas
do ano. No Viveiro Santa Cruz, uma planta com 1,7 m de altura custa cerca de R$ 100.
Kaizuka
É uma espécie de cipreste, de aspecto escultural. Seus ramos são compactos e ficam sempre juntos ao tronco, o que é ideal para
quem não tem muito espaço. A forma retorcida de seus galhos lembra a de um suspiro. Um vaso com uma planta de mais ou
menos 2 m custa cerca de R$ 520 na Tatuapé Garden.
Tuia
É a planta do momento da decoração de Natal. Tem um verde vibrante e folhagem miúda e cheia. Um vaso pequeno custa de ?R$
14,90 a R$ 28,90 no Pão de Açúcar. Na feira de flores da Ceagesp, um vaso com uma planta de 1,8 m de altura custa R$ 60.
Buxinho
O Buxus sempervirens é certamente a planta predileta de Eduardo Mãos de Tesoura. Com sua folhagem densa, é ideal para a arte da
topiaria, a escultura de plantas. Para o Natal, um buxinho no formato cônico pode custar de R$ 70 a R$ 150 na Ceagesp. No Uemura
Flores, ali pertinho, custa um pouco mais, mas a variedade de formas e tamanhos é maior.
Grumixama
Nativa da Mata Atlântica, a grumixama ou grumixameira (Eugenia brasiliensis) tem formato piramidal. Sua florada ocorre de
setembro a novembro e, na sequência, ela dá pequenos frutos redondos e roxos. São uma alternativa bem brasileira para um
arranjo natalino. Se estiver dando frutos, nem precisa ser decorada. Na Chácara Morumbi, um pé com 1,6 m de altura custa R$ 180.
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