São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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SEGUNDO LAR

Ela 'serve bem para servir sempre', 'agradece a preferência' e hoje vende de tudo, até mesmo pão. Básica ou refinada, a padaria é a verdadeira praia de paulista

Henrique Manreza/Folha Imagem


CHANTAL BRISSAC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Padaria é a sala de estar do paulistano", segundo a frase de efeito de Antero José Pereira, presidente do Sindipan (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo). Só na Grande São Paulo, há 4.800 delas. Muitas viraram a extensão do escritório, ou da casa, abrigando reuniões ao redor de um café da manhã que vai bem além da média com prensado na chapa. Todas diversificam, do almoço por quilo à sopa da madrugada. Hoje, as padocas vendem de um tudo.
Mas o velho pão francês ainda é o item mais consumido em padarias, diz o presidente do Sindipan: "Ele é imbatível".
Assim como a "padaria de português" é uma coisa típica do Brasil, o pão francês, de francês mesmo não tem nada: veio com a corte portuguesa, o trigo, os padeiros e suas técnicas de fabricação de pão claro.
A seguir, uma seleção de padarias, por regiões da cidade.



Paulistas levam ‘padocas’ a Lisboa
O português Antero José Pereira, do Sindipan, diz que esse modelo de padaria paulistana é único. Ele conta que hoje há brasileiros desse ramo abrindo padarias em Portugal. Lá, elas são chamadas de "padarias abrasileiradas".
"Só no Brasil se vendem cigarro e pão em um mesmo lugar", diz Clecia Casagrande, autora de "O Pão na Mesa Brasileira", (ed. Senac): "Na França, as boulangeries também agregam valores, mas com comida. Aqui você compra até chinelo em padarias".
Isso acontece, ela acrescenta, por causa da concorrência com os supermercados.


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