São Paulo, sábado, 19 de janeiro de 2008

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DÚVIDAS ÉTICAS

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"Como fica a independência dos profissionais de saúde que vendem produtos em seus consultórios?"*

CYRUS AFSHAR
DA REPORTAGEM LOCAL

O código de ética médico diz que não deve haver vinculação do exercício da medicina a uma atividade comercial. "Nós consideramos antiético a venda relacionada à medicina", diz Reinaldo Ayer, 62, coordenador da Câmara Técnica de Bioética do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). O médico afirma que, quando há denúncia, é aberta sindicância para apurar se houve irregularidade. A punição máxima, no caso de culpa, é a censura pública, divulgada no "Diário Oficial" e em dois jornais de grande circulação.
Já o CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo) adota um outro princípio. O decreto 5.053/2004, do Ministério da Agricultura, obriga estabelecimentos que vendem produtos de saúde para animais a terem um veterinário responsável, que pode ou não ser o dono do negócio. "Não há mercantilismo. Isso existe para resguardar a saúde do animal e do homem", diz Mário Eduardo Pulga, 53, diretor do CRMV-SP. Para ele, o veterinário num pet shop, neste caso, seria comparável a um farmacêutico de farmácia de manipulação. "Tem que ter alguém para fazer a aplicação adequada de um parasiticida, por exemplo", diz.
O Crosp (Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo) afirma que não existe venda de aparelhos ortodônticos junto com serviço de tratamento dentário. "O material usado pelo dentista é o que viabiliza a realização do tratamento necessário para o paciente. Não se trata de uma atividade comercial", diz Ideval Serrano, 68, da Comissão de Ética do Crosp.

pergunta do leitor
A questão foi enviada por Alessandro Blassioli, por email.



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