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ACHADOS EM SÃO PAULO
A rua dos chefs
Alimente seu lado gourmet caçando utensílios na Paula Sousa
ANNETTE SCHWARTSMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Paraíso de quem busca
utensílios de cozinha, a rua
Paula Sousa, no centro de São
Paulo, concentra dezenas de
lojas especializadas. Ali, entre
as ruas Florêncio de Abreu e
Cantareira, é possível achar
de um simples abridor de latas a sofisticados refrigeradores industriais. De todas as
marcas e modelos.
Seja qual for o produto
-pratos, copos, talheres, panelas, assadeiras, churrasqueiras, cafeteiras, fogões a
lenha, fornos, estufas, balanças, chapas, fritadeiras- , os
preços são sempre mais baixos que os de shoppings e de
outras regiões da cidade. Por
comprarem em quantidade,
as lojas têm cacife para negociar descontos mais gordos,
em alguns casos de até 30%.
Não é à toa que a rua é parada
obrigatória para donos de padarias, bares, hotéis e restaurantes de todo o país.
Mas o pedaço não atrai só os
iniciados. Donas-de-casa, jovens casais, solteiros com aptidões culinárias e curiosos
ajudam a engrossar as fileiras
de freqüentadores, algo em
torno de 1.500 pessoas por
dia, número que dobra aos sábados. Eles têm diversão garantida nas prateleiras dos estabelecimentos, ainda que a
maioria pareça igual.
Isso se explica pelo fato de a
maioria das lojas pertencerem a três grupos que dominam o comércio local: a rede
Di Pratos/Multinox, que vende equipamentos pesados para cozinhas; a Libermac, cujo
forte são os produtos de automação comercial e máquinas
de café expresso; e a MSK, que
oferece balanças e maquinário para panificadoras e frigoríficos. Apesar de especializadas em itens para cozinhas industriais, na Libermac dá para comprar uma cafeteira italiana (daquelas que são rosqueadas no meio e vão ao fogo) para três xícaras, da marca
Bialetti, por R$ 83.
Nesse reino das panelas e
afins, algumas lojas se destacam por apostar em nichos.
Uma delas é a Central do Sabor, que vende tudo para confeitaria, sorveteria e chocolateria, de taças para banana
split a fôrmas de silicone, passando por corantes e chocolates importados da Bélgica.
Uma caixa de um quilo com
raspas da marca Callebaut,
usada na decoração de bolos,
sai por R$ 75.
Faz parte do mesmo grupo
desse paraíso dos chocólatras
a Esquina da Cachaça, um
simpático e amplo botequim
com mais de 1.300 variedades
de pinga (a preços que vão de
R$ 4 a R$ 936), que também
serve lanches e petiscos. Em
frente fica a Metapunto, importadora de vinhos que tem
cerca de 5.800 rótulos no catálogo e promove degustações
aos sábados. Ali, o vinho mais
barato, um lambrusco italiano, custa R$ 14.
A Paula Souza ainda tem lojas de uniformes capazes de
vestir chefs da cabeça aos pés,
caso da Avental&Cia e da Seridó, e utensílios de plástico
colorido para todos os fins, à
venda na Frigo.
No final do passeio, a dica é
passar no Mercado Municipal, que fica bem perto, e se
munir de ingredientes para
encher as novas panelas.
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