São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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ACHADOS EM SÃO PAULO

A rua dos chefs

Alimente seu lado gourmet caçando utensílios na Paula Sousa

ANNETTE SCHWARTSMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Paraíso de quem busca utensílios de cozinha, a rua Paula Sousa, no centro de São Paulo, concentra dezenas de lojas especializadas. Ali, entre as ruas Florêncio de Abreu e Cantareira, é possível achar de um simples abridor de latas a sofisticados refrigeradores industriais. De todas as marcas e modelos.
Seja qual for o produto -pratos, copos, talheres, panelas, assadeiras, churrasqueiras, cafeteiras, fogões a lenha, fornos, estufas, balanças, chapas, fritadeiras- , os preços são sempre mais baixos que os de shoppings e de outras regiões da cidade. Por comprarem em quantidade, as lojas têm cacife para negociar descontos mais gordos, em alguns casos de até 30%. Não é à toa que a rua é parada obrigatória para donos de padarias, bares, hotéis e restaurantes de todo o país.
Mas o pedaço não atrai só os iniciados. Donas-de-casa, jovens casais, solteiros com aptidões culinárias e curiosos ajudam a engrossar as fileiras de freqüentadores, algo em torno de 1.500 pessoas por dia, número que dobra aos sábados. Eles têm diversão garantida nas prateleiras dos estabelecimentos, ainda que a maioria pareça igual.
Isso se explica pelo fato de a maioria das lojas pertencerem a três grupos que dominam o comércio local: a rede Di Pratos/Multinox, que vende equipamentos pesados para cozinhas; a Libermac, cujo forte são os produtos de automação comercial e máquinas de café expresso; e a MSK, que oferece balanças e maquinário para panificadoras e frigoríficos. Apesar de especializadas em itens para cozinhas industriais, na Libermac dá para comprar uma cafeteira italiana (daquelas que são rosqueadas no meio e vão ao fogo) para três xícaras, da marca Bialetti, por R$ 83.
Nesse reino das panelas e afins, algumas lojas se destacam por apostar em nichos. Uma delas é a Central do Sabor, que vende tudo para confeitaria, sorveteria e chocolateria, de taças para banana split a fôrmas de silicone, passando por corantes e chocolates importados da Bélgica. Uma caixa de um quilo com raspas da marca Callebaut, usada na decoração de bolos, sai por R$ 75.
Faz parte do mesmo grupo desse paraíso dos chocólatras a Esquina da Cachaça, um simpático e amplo botequim com mais de 1.300 variedades de pinga (a preços que vão de R$ 4 a R$ 936), que também serve lanches e petiscos. Em frente fica a Metapunto, importadora de vinhos que tem cerca de 5.800 rótulos no catálogo e promove degustações aos sábados. Ali, o vinho mais barato, um lambrusco italiano, custa R$ 14.
A Paula Souza ainda tem lojas de uniformes capazes de vestir chefs da cabeça aos pés, caso da Avental&Cia e da Seridó, e utensílios de plástico colorido para todos os fins, à venda na Frigo.
No final do passeio, a dica é passar no Mercado Municipal, que fica bem perto, e se munir de ingredientes para encher as novas panelas.


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