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Provadores virtuais
Novas multimarcas popularizam a compra de moda on-line
SIMONE ESMANHOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Velha expressão em inglês,
"window shopping" pode entrar em desuso muito antes do
que se imagina. Em bom português, olhar as vitrines parece cada vez mais um hábito
"século 20" em tempos de
Twitter e blogs-brechós.
Hoje 72% das mulheres do
mundo já usam sites para renovar o closet e gastam, em
média, 2h45 nas lojas virtuais
-meia hora a mais do que nas
vitrines de verdade.
A informação é do último
relatório do Lifestyle Monitor, pesquisa da Cotton Incorporated, entidade que promove o consumo do algodão.
É motivo de sobra para fazer as cadeias de fast fashion
Zara e Renner estrearem, em
2010, no comércio eletrônico
-a Zara, por enquanto, só na
Europa. Para o consumidor,
além de economizar sola de
sapato atrás das ofertas, ainda
há a vantagem de ter acesso ao
pacote "revista de moda" que
os sites oferecem, com resumo de tendências e até indicação de compra por tipo físico.
A ideia começou com o britânico net-a-porter.com,
butique eletrônica de luxo
que atingiu 1,8 milhão de visitas por mês e contaminou domínios brasileiros como OQVestir (oqvestir.com.br),
lançado em abril deste ano, e
o ecloset.com.br.
Nada se compara, no entanto, à promessa do Farfetch
(farfetch.com), lançado no
Brasil recentemente. O site dá
acesso às criações de 400 estilistas europeus -inclusive
gente que nem tem loja no
Brasil, como Dries van Noten
e Haider Ackermann. O site
dá o preço em reais, com frete
e impostos incluídos.
Há ainda um obstáculo:
provar as roupas é essencial.
Hoje, apesar de navegarem
horas, menos de 4% dos consumidores finalizam a compra. Agora, uma agência de
marketing dos EUA criou um
programa que simula a sensação de vestir a peça diante do
espelho a partir da webcam.
Adeus, "window shopping".
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