São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 2009

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Provadores virtuais

Novas multimarcas popularizam a compra de moda on-line

SIMONE ESMANHOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Velha expressão em inglês, "window shopping" pode entrar em desuso muito antes do que se imagina. Em bom português, olhar as vitrines parece cada vez mais um hábito "século 20" em tempos de Twitter e blogs-brechós.
Hoje 72% das mulheres do mundo já usam sites para renovar o closet e gastam, em média, 2h45 nas lojas virtuais -meia hora a mais do que nas vitrines de verdade.
A informação é do último relatório do Lifestyle Monitor, pesquisa da Cotton Incorporated, entidade que promove o consumo do algodão.
É motivo de sobra para fazer as cadeias de fast fashion Zara e Renner estrearem, em 2010, no comércio eletrônico -a Zara, por enquanto, só na Europa. Para o consumidor, além de economizar sola de sapato atrás das ofertas, ainda há a vantagem de ter acesso ao pacote "revista de moda" que os sites oferecem, com resumo de tendências e até indicação de compra por tipo físico.
A ideia começou com o britânico net-a-porter.com, butique eletrônica de luxo que atingiu 1,8 milhão de visitas por mês e contaminou domínios brasileiros como OQVestir (oqvestir.com.br), lançado em abril deste ano, e o ecloset.com.br.
Nada se compara, no entanto, à promessa do Farfetch (farfetch.com), lançado no Brasil recentemente. O site dá acesso às criações de 400 estilistas europeus -inclusive gente que nem tem loja no Brasil, como Dries van Noten e Haider Ackermann. O site dá o preço em reais, com frete e impostos incluídos.
Há ainda um obstáculo: provar as roupas é essencial. Hoje, apesar de navegarem horas, menos de 4% dos consumidores finalizam a compra. Agora, uma agência de marketing dos EUA criou um programa que simula a sensação de vestir a peça diante do espelho a partir da webcam. Adeus, "window shopping".


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