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GÔNDOLA [conheça melhor tudo que chega aos supermercados]
Vitamina enlatada
Refrigerantes perdem mercado para bebidas saudáveis e correm atrás turbinando suas fórmulas
MALU TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL
A tendência de vitaminar os
alimentos e bebidas chegou aos
refrigerantes. A Coca-Cola lançou no Brasil a Coca Light Plus,
substituindo a antiga versão
light. Segundo a empresa, uma
lata de 310 ml supre 23% das
necessidades diárias de vitaminas e minerais de um adulto.
O lançamento da versão vitaminada acompanha o crescimento do consumo de bebidas
mais saudáveis, como sucos e
águas vitaminadas, e a queda
nas vendas de refrigerantes em
países desenvolvidos. Dados da
Beverage Digest, publicação
que monitora esse setor nos
Estados Unidos, mostram uma
redução de 3% no consumo dos
refrigerantes, em 2008.
A Coca Light Plus não é o primeiro refrigerante "aditivado"
à venda no Brasil. Há quatro
meses, a Ambev colocou no
mercado a Sukita Vitaminada.
A fórmula da bebida à base de
suco de laranja, lançada só aqui,
ganhou vitaminas B3, B5, B6 e
B9, além de aroma de maçã,
mamão e banana.
"Isso é uma tendência mundial. As pessoas estão buscando
cada vez mais hábitos saudáveis, e esse movimento, com
certeza, inclui a categoria de refrigerantes", diz o gerente de
marketing de refrigerantes da
AmBev, Sergio Esteves.
De acordo com Luciana Feres, diretora de marketing da
Coca-Cola no Brasil, o público-alvo da nova versão inclui as
pessoas que não bebem refrigerante porque acham que faz
mal à saúde.
Artificial
O produto já é vendido nos
EUA, na Inglaterra, na França,
na Alemanha, na Bélgica e na
Finlândia. Por aqui, o preço sugerido pela Coca-Cola para a
nova latinha é de R$ 2, o mesmo da antiga Coca Light, que tinha 40 ml a mais de volume.
Para Paulo Al-Assal, diretor
da consultoria de tendências
Voltage, é inevitável que as empresas criem produtos com um
apelo mais saudável, para atender à demanda, que só cresce.
Até porque, entre os consumidores mais preocupados com a
alimentação, Al-Assal vê dois
tipos distintos: parte deles procura alimentos naturais e orgânicos e outros se importam
mais com a eficácia e a praticidade dos produtos. "Para esses,
não importa se o alimento é artificial ou industrializado", diz.
Uma pesquisa feita pela consultoria inglesa de tendências
The Future Lab, representada
no Brasil pela Voltage, mostra
que o mercado de alimentos
funcionais dobrou nos últimos
quatro anos na Inglaterra. Em
outros países, como o Japão, já
existe até bala que faz bem para
a pele e salgadinho que faz bem
para o coração.
"É um mercado que ainda está começando aqui no Brasil e
que tem grande potencial de estourar. Lá fora, já é uma realidade", afirma Al-Assal.
A Coca-Cola promete lançar
produtos semelhantes ao Light
Plus no Brasil, mas não revela
quais são e nem quando chegam ao mercado.
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