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comer, beber, poupar
LÍGIA MESQUITA
EDITORA-ASSISTENTE DO VITRINE
A ceia de Natal deste ano deverá ser farta. Com a crise econômica e a alta do dólar, a tendência é o consumidor adiar a
compra de bens duráveis e gastar mais com alimentação.
A aposta é de Juracy Parente,
coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV-SP.
"Vale a pena não deixar as compras de comes e bebes para o último momento. A demanda deve ser forte", recomenda.
Para esse economista, é bom
antecipar o consumo de itens
da ceia, mas não por paranóia
de alta nos preços, e sim por risco de escassez de produtos.
Supermercados e empórios
dizem que os preços dos itens
natalinos não vão subir. Mas
não há garantias. "O dólar não
dá mostras de que irá baixar. A
tendência é reajuste nos importados", diz Sussumu Honda,
presidente da Associação Brasileira de Supermercados. Para
o Carrefour, a chance de alta
nesses itens é "muito baixa".
Na Casa Santa Luzia, algumas dessas mercadorias subiram em torno de 8% depois da
alta do dólar. "Mas os preços de
Natal devem ser mantidos até
dezembro, a menos que haja
uma procura grande e acabe o
estoque", diz Jorge da Conceição Lopes, sócio-proprietário.
"Enquanto tiver estoque, vamos manter os preços", diz o
sócio-proprietário do Santa
Maria, Bernardo Santos.
O brinde com espumante estrangeiro parece estar garantido. A importadora Expand,
uma das maiores de São Paulo,
lançou seu catálogo de Natal
com preços pré-crise, e vai segurá-los até o fim do ano, diz o
gerente Rodrigo Lanari.
Para o dono da distribuidora
Net Drinks, Antonio Queiroz,
ninguém precisa se estressar.
"Quem fizer pesquisa verá que
o preço de outubro é igual ao de
setembro, se não mais baixo."
Antes de levar os clássicos
natalinos para a despensa, é
bom, mesmo, pesquisar. Os
preços das frutas secas variam
muito. Em São Paulo, uma opção é dar um pulo na zona cerealista. Na atacadista Casa
Flora, por exemplo, meio quilo
de nozes chilenas sem casca
custa R$ 19,30; a tâmara tunisiana sem caroço vale R$ 10 o
quilo; a da marca El Montaguillo, em embalagem de 200 g,
custa R$ 2,70 (na Casa Santa
Luzia, custa R$ 3,40); o quilo do
figo turco custa R$ 24,80, e o do
damasco, R$ 15,80.
Na Cerealista Helena, o preço muda para o varejo, mas
continua barato. O quilo do figo
turco sai R$ 24,30, o das nozes
chilenas sem casca, R$ 37,80, e
o da pêra seca chilena, R$ 19,25.
No Pão de Açúcar, meio quilo
do damasco turco Elmas custa
R$ 12,99; 200 g das nozes chilenas Mr. Valley sem casca custam R$ 15,99 e a tâmara tunisiana sem caroço Qualitá sai
por R$ 5,89 (200 g).
No Mercado Municipal, o
quilo da tâmara sem caroço
custa R$ 16 no Cruzília e R$ 24
no Empório Chiappetta.
Na Santa Luzia, castanha
portuguesa sai R$ 39,80 (o quilo); no Chiappetta, R$ 45, e no
Pão de Açúcar, R$ 43,99. No
Santa Maria, cestas de importados vão de R$ 65 a R$ 4.880. Na
Santa Luzia, de R$ 73 a
R$ 3.362. O Pão de Açúcar tem
opções a partir de R$ 89.
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