São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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comer, beber, poupar

LÍGIA MESQUITA
EDITORA-ASSISTENTE DO VITRINE

A ceia de Natal deste ano deverá ser farta. Com a crise econômica e a alta do dólar, a tendência é o consumidor adiar a compra de bens duráveis e gastar mais com alimentação.
A aposta é de Juracy Parente, coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV-SP. "Vale a pena não deixar as compras de comes e bebes para o último momento. A demanda deve ser forte", recomenda.
Para esse economista, é bom antecipar o consumo de itens da ceia, mas não por paranóia de alta nos preços, e sim por risco de escassez de produtos.
Supermercados e empórios dizem que os preços dos itens natalinos não vão subir. Mas não há garantias. "O dólar não dá mostras de que irá baixar. A tendência é reajuste nos importados", diz Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados. Para o Carrefour, a chance de alta nesses itens é "muito baixa".
Na Casa Santa Luzia, algumas dessas mercadorias subiram em torno de 8% depois da alta do dólar. "Mas os preços de Natal devem ser mantidos até dezembro, a menos que haja uma procura grande e acabe o estoque", diz Jorge da Conceição Lopes, sócio-proprietário. "Enquanto tiver estoque, vamos manter os preços", diz o sócio-proprietário do Santa Maria, Bernardo Santos.
O brinde com espumante estrangeiro parece estar garantido. A importadora Expand, uma das maiores de São Paulo, lançou seu catálogo de Natal com preços pré-crise, e vai segurá-los até o fim do ano, diz o gerente Rodrigo Lanari.
Para o dono da distribuidora Net Drinks, Antonio Queiroz, ninguém precisa se estressar. "Quem fizer pesquisa verá que o preço de outubro é igual ao de setembro, se não mais baixo."
Antes de levar os clássicos natalinos para a despensa, é bom, mesmo, pesquisar. Os preços das frutas secas variam muito. Em São Paulo, uma opção é dar um pulo na zona cerealista. Na atacadista Casa Flora, por exemplo, meio quilo de nozes chilenas sem casca custa R$ 19,30; a tâmara tunisiana sem caroço vale R$ 10 o quilo; a da marca El Montaguillo, em embalagem de 200 g, custa R$ 2,70 (na Casa Santa Luzia, custa R$ 3,40); o quilo do figo turco custa R$ 24,80, e o do damasco, R$ 15,80.
Na Cerealista Helena, o preço muda para o varejo, mas continua barato. O quilo do figo turco sai R$ 24,30, o das nozes chilenas sem casca, R$ 37,80, e o da pêra seca chilena, R$ 19,25.
No Pão de Açúcar, meio quilo do damasco turco Elmas custa R$ 12,99; 200 g das nozes chilenas Mr. Valley sem casca custam R$ 15,99 e a tâmara tunisiana sem caroço Qualitá sai por R$ 5,89 (200 g).
No Mercado Municipal, o quilo da tâmara sem caroço custa R$ 16 no Cruzília e R$ 24 no Empório Chiappetta.
Na Santa Luzia, castanha portuguesa sai R$ 39,80 (o quilo); no Chiappetta, R$ 45, e no Pão de Açúcar, R$ 43,99. No Santa Maria, cestas de importados vão de R$ 65 a R$ 4.880. Na Santa Luzia, de R$ 73 a R$ 3.362. O Pão de Açúcar tem opções a partir de R$ 89.


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