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Ciclo de modifi cações está mais acelerado
Um produto muda sua embalagem,
em média, a cada
dois anos. Até pouco tempo
atrás, cinco anos se passavam
entre cada alteração.
"Isso hoje seria uma eternidade",
diz a designer Gisela
Schulzinger, da Abre.
Com a tecnologia atual, não
é mais tão complicado trocar
uma lata por um frasco de
molho de tomate ou fazer
uma edição limitada de
patê de atum embalado em
formato de peixe.
O esforço é para despertar
a curiosidade pelo mesmo
produto que o consumidor
vê toda semana. Um dia, a
maionese está no vidro. No
outro, aparece no saquinho
"stand up pouch". O molho,
que sempre fi cou dentro da
lata, aparece num vidro acinturado.
O desenvolvimento
de desenhos próprios para
os produtos também tem
se tornado mais freqüente.
Fábio Mestriner, coordenador
do Núcleo de Embalagem da
ESPM, criou, em 2006, a lata
de Leite Moça em aço expandido,
que levou a cintura da
"moça" à embalagem. "Isso
aumentou o consumo de
um produto que já era líder",
lembra. Hoje, há exemplos de
achocolatados como o Nescau,
que tem uma lata "torcida",
com forma espiralada, e
do Taeq Light, mais alongado
e com uma base larga.
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