São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008

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CHEGA DE ZONA!

Novos hábitos e objetos que ajudam a organizar a casa transformam bagunça total em leve desordem

Felipe Reis


DÉBORA MISMETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dá preguiça só de pensar em baixar roupas, papéis, contas velhas e brinquedos dos armários e pôr ordem no caos. Se tem um canto da casa que nunca fica arrumado, o negócio é não forçar a barra para tentar ter a casa perfeita, e sim adaptar uma arrumação ideal ao uso real de cada espaço.
A organizadora do lar Andrea Caetano diz que um dos pontos críticos é a parte de cima do armário. "Sempre tem um pouco de tudo misturado: presente, mala". Ela resolve o problema propondo aos moradores que separem a bagunça por assuntos e coloquem tudo em caixas com etiquetas. "A arrumação precisa ser compreendida por todos. Se ficar difícil manter tudo no lugar, dá para tirar uma foto e deixar como referência."
Para conter a fúria espalhadora de brinquedos das crianças, a organizadora do lar Cristina Papazian recomenda usar cestos. "Se colocar tudo no armário, pode até atrair cupim. É melhor pôr tudo em cestos, de preferência de material plástico, que não mofa", diz.
As profissionais alertam para o risco de compras erradas na hora da empolgação organizadora. Cestas de palha, caixas com tampas pouco funcionais ou de couro (que mofam no armário), estantes de plástico para CDs e cabides para pendurar várias peças juntas não são práticos, na opinião de Cristina Papazian e Andrea Caetano.
Fácil mesmo seria ter menos coisas para arrumar. Para a escritora Leticia Ferreira Braga, o apego aos objetos é a causa da zona. A autora do livro "O Prazer de Ficar em Casa" (Ed. Casa da Palavra, 80 págs., R$ 16) adotou um estilo de vida minimalista. Doou tudo o que ficava no armário sem uso, se mudou para um apartamento menor e, hoje, só mantém em casa o estritamente necessário. "Se não uso um pano de prato por um tempo, dou", diz Leticia. Para ela, muita gente sente medo de fazer isso. "Alguns se arrepiam só de pensar em não ter mais aquelas coisas", diz a minimalista, convocada freqüentemente por amigos e parentes para pôr ordem em suas casas. Ela dá uma sugestão para quem não consegue esvaziar as gavetas: "Dá para fazer um purgatório, tirar da vista um pouco o que está encostado. Se você se esquecer daquilo por um tempo, fica mais fácil", afirma.


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